Esta semana, uma das maiores companhias de energia da Europa, Enel, anunciou “não ter interesse em fornecer energia para miners”.

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Enel avaliou operações de mineração

A corporação italiana multinacional de energia renovável com sede em Roma, Enel, fez uma declaração na última quinta-feira onde explica que não venderá energia para centro de dados que planejem minerar criptomoedas.

Segundo uma publicação do Bloomberg, a companhia italiana supostamente estava discutindo sobre um acordo com a empresa de criptomoedas Envion AG, localizada na Suíça. Meios midiáticos veicularam que “conforme pessoas com conhecimento direto acerca da questão”, a Enel estava avaliando o mercado para vender energia para miners de bitcoin e outros ativos digitais. Ademais, um dos executivos da companhia comentou sobre este processo de avaliação:

“Enel está particularmente interessada em como as empresas de energia podem se beneficiar da tecnologia blockchain,” disse o chefe do gabinete de negociações da empresa, Leonardo Zannella. 

Ele ainda acrescentou:

“Miners que podem mover suas instalações para lugares onde o custo da eletricidade é menor, podem ter vantagens.”

Enel muda sua postura

Contudo, após as supostas negociações com a empresa suíça, a companhia de energia mudou sua postura. Ela afirma que tem orgulho em fornecer “energia verde” derivada de biomassa e processos de incineração, além de recursos geotérmicos, hidroeletricidade, energia eólica, e energia solar. Além disso, a companhia acredita que mineração de criptomoedas não pode ser sustentada de uma forma amigável ao meio ambiente.

“A Enel empreendeu um caminho limpo em direção à descarbonização e ao desenvolvimento sustentável,” afirmou um representante da empresa na última quinta-feira.

Durante a mesma declaração, o representante afirmou ainda que:

“O uso intenso de energia dedicada à mineração de criptomoedas é uma prática insustentável que não se encaixa com o modelo de negócios que a empresa busca.”

Tais notícias se dão após miners chineses declararem estar à procura de novos locais ao redor do mundo para minerar. Recentemente, a Bitmain Technologies afirmou estar à procura de propriedades no Canadá, acrescentando que criaria uma subsidiária em Zug, na Suíça.

A decisão da Enel pode ser vista como um pequeno obstáculo, já que os miners podem utilizar energia de companhias mais amigáveis, que queiram fornecer energia para este tipo de prática.

Contudo, a Enel possui operações em 16 países ao longo da Europa, América do Norte e América do Sul. Além disso, ela possui grande parte das operações de energia localizadas na Espanha.

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Fonte: Bitcoin.com

Edição: Webitcoin