Segundo a Oxfam, os bilionários brasileiros aumentaram suas fortunas enquanto população mais pobre paga as contas durante a pandemia.

De acordo com dados do relatório “Quem Paga a Conta? – Taxar a Riqueza para Enfrentar a Crise da Covid na América Latina e Caribe”, divulgado hoje (27), 73 bilionários da América Latina e do Caribe aumentaram suas fortunas em US$ 48,2 bilhões.

Dentre esses bilionários, 42 são brasileiros e, aumentaram suas fortunas em US$ 34 bilhões (cerca de R$ 176 bilhões) entre o mês de março e junho deste ano, passando de US$ 123,1 bilhões para US$ 157,1. Os dados compilados pela Oxfam foram extraídos da lista dos mais ricos da Forbes.

O relatório mostra que esses bilionários ficaram imunes a crise econômica provocada pela pandemia em uma das regiões mais desiguais do mundo. Segundo a Oxfam, é necessário enfrentar os privilégios das elites para o desenvolvimento econômico inclusivo.

“A covid-19 não é igual para todos. Enquanto a maioria da população se arrisca a ser contaminada para não perder emprego ou para comprar o alimento da sua família no dia seguinte, os bilionários não têm com o que se preocupar. Eles estão em outro mundo, o dos privilégios e das fortunas que seguem crescendo em meio à, talvez, maior crise econômica, social e de saúde do planeta no último século”, disse a diretora executiva da Oxfam Brasil, Katia Maia.

Vale ressaltar, que desde o início da pandemia oito novos bilionários surgiram na região – um a cada duas semanas. Enquanto isso, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), estima que 40 milhões perderão seus empregos e 52 milhões de pessoas entrarão na faixa de pobreza na América Latina e Caribe em 2020.

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