Departamento de Saúde dos EUA está usando blockchain no combate à COVID-19
Segundo Jose Arrieta, uso de blockchain no combate à COVID-19 pode mostrar o impacto da nova tecnologia
No final de julho de 2020 o Departamento de Saúde dos EUA confirmou que um programa blockchain para rastrear informações relacionadas à COVID-19 está operacional e em uso, marcando um novo caso de uso significativo para a tecnologia de contabilidade distribuída. Essa notícia foi divulgada pela primeira vez em uma entrevista da Forbes com Jose Arrieta, diretor de informações do Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS), no qual Arrieta afirmou que a tecnologia blockchain estava sendo usada para rastrear com mais eficácia os dados de novas hospitalizações por coronavírus em todo o país.
Arrieta entrou em alguns detalhes sobre como o projeto HHS Protect, sua plataforma de autenticação de dados, está alavancando a tecnologia blockchain. Em comparação com as tecnologias anteriores usadas pelo HHS, ele disse que, com o novo sistema “todos os dias, cada elemento de dados que recebemos é codificado com um registro de data e hora da análise, curadoria e compartilhamento desse elemento de dados”. Ele também afirmou que a adoção do Protect “permitirá testes clínicos mais rápidos, protegerá os cidadãos e achatará a curva dessa pandemia, para que possamos nos recuperar dessa doença usando a tecnologia blockchain”.
Arrieta afirmou que este sistema está usando uma blockchain corporativa semelhante àquelas alavancadas pela Hyperledger e IBM, mas ele se recusou a fornecer detalhes técnicos exatos. Entretanto, ele afirmou que este sistema será um “novo passo em frente, onde milhares de usuários na plataforma estão acessando conjuntos de dados” e que o HHS agora poderá “compartilhar com o público em geral como os resultados foram gerados, porque você tem um registro imutável. ”
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O desenvolvimento e a aplicação do HHS Protect causou alguma controvérsia, embora não particularmente pelo uso de uma rede blockchain. Com o desenvolvimento desse novo sistema de classificação de dados, os dados de hospitalização que estavam sendo enviados para o Center for Disease Control agora estão sendo transferidos exclusivamente para o HHS Protect. Funcionários de ambas as agências defenderam a mudança, com o diretor do CDC, Robert Redfield, dizendo: “Ninguém está tirando acesso ou dados do CDC” e que “Isso não afeta a capacidade do CDC de usar dados”, segundo a ABC News.
Arrieta defendeu as amplas aplicações da tecnologia blockchain, alegando que “a capacidade de coletar rapidamente informações diferentes, para que possamos entender o que está acontecendo nos Estados Unidos – nível federal, estadual, local e código postal – é de fundamental importância quando você está lidando com um novo vírus ou doença como a COVID-19.”
Em meio à inconsistência em nível federal e estadual com os regulamentos de blockchain no passado, a adoção entusiástica de um sistema como esse para uma tarefa tão crítica pode ser significativa para o futuro da adoção institucional da blockchain nos EUA. Em 23 de julho de 2020, por exemplo , o orçamento da defesa incluiu, nomeadamente, um plano para explorar a adoção militar da tecnologia.
Por sua parte, Arrieta não teve nada além de elogios ao pivô do HHS para a tecnologia blockchain, dizendo à Forbes que economizará “algo entre US$ 33 a US$ 40 milhões” em cinco anos. A tecnologia blockchain se tornará uma “âncora no mercado, para um indivíduo, empresa, agência e nível nacional”, em sua opinião, com Arrieta proclamando que “o uso de blockchain com a COVID-19 será verdadeiramente impactante na demonstração da utilidade dessa nova tecnologia chave.”
Fonte: Nasdaq
