Poderia uma ferramenta de busca, baseada em blockchain, substituir o Google?
Semana passada, foi relatado que o Google é um dos maiores apoiadores de startups baseadas em blockchain. Desde 2012, o Google fez mais de 140 investimentos, totalizando quase $1,2 bilhão investidos no setor de blockchain. Contudo, uma pergunta permanece: por que o Google não construiu ou aplicou o blockchain em suas funcionalidades de busca?
Atualmente, o Google detém o monopólio do mercado de buscas, controlando 80% das buscas realizadas em desktops e 95% das buscas realizadas através de mobiles. De fato, o Google lida com 40000 buscas por segundo, o que se traduz em 3,5 bilhões de buscas por dia e 1,2 trilhão de buscas por ano. O serviço atua efetivamente como “guardião do mundo digital,” uma posição de extrema influência, que direciona a economia baseada em internet.
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Muitos acreditam, contudo, que uma função tão significativa não deveria ser confiada a apenas uma companhia. Ter apenas uma entidade encarregada para “guardar o mundo digital” é particularmente problemático, pois ela pode operar de forma opaca.
“A proposta original da internet, caso vocês se lembrem, era construir uma rede neutra onde todos poderiam participar de forma igual, visando o engrandecimento da humanidade,” escreveu Matthew Hodgson para a TechCrunch. “Mas agora nós temos o Skype da Microsoft, Facetime da Apple, e o Google com o Duo. Cada grande companhia tem seu próprio serviço equivalente, cada um preso em sua própria bolha. Estes serviços podem ser ótimos, mas não são exatamente o que nós imaginávamos durante os anos em que a internet estava sendo construída.”
Os conglomerados mencionados por Hodgson tomaram o mundo digital. Eles controlam o acesso às nossas informações mais importantes e aos nossos dados pessoais.
Contudo, Hodgson vai adiante ao dizer:
“Há um movimento emergente para trazer a internet de volta à esta visão que se tinha no início, envolvendo grandes figuras presentes no nascimento da internet. É a chamada Web Descentralizada, ou Web 3.0, que descreve uma tendência emergente para criar serviços na internet que não dependam de nenhuma organização central para funcionarem.”
Há um número inerente de vantagens eficientes e seguras na utilização de um sistema distribuído e baseado em blockchain, visando armazenar informações de formas que bancos de dados centralizados não conseguem fazer.
Não sendo mais parte de uma obra de ficção científica ou parte de um programa tolo de televisão, a internet descentralizada se tornará realidade inevitavelmente. Startups de blockchain emergentes estão começando a descobrir todo o seu potencial como uma economia distribuída, criando componentes diferentes desse ecossistema descentralizado.
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A Presearch está desenvolvendo uma ferramenta de busca aberta e descentralizada, que “recompensa os membros da comunidade com Presearch Tokens para usar, contribuir e promover a plataforma.”
Diferente do Google, o modelo descentralizado de busca da Presearch utilizará “fatores de colocação abertos e transparentes, o que permitirá aos criadores de conteúdo atuarem de forma nivelada, dando aos usuários a chance de escolher quais dados utilizar.” O serviço empoderará a comunidade com a habilidade de participar em votações e financiamento de oportunidades de desenvolvimento. Um projeto desta escala promete romper drasticamente o mercado de buscas.
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Utilização de blockchain por startups pode romper outras áreas
IPFS, abreviação de “sistema de dados interplanetários”, atraiu muita atenção da comunidade fintech. Um artigo recente do Wired revela que a ideia por trás da IPFS é fazer com que os browsers guardem cópias das páginas acessadas por eles, servindo como servidores. Desta forma, caso o servidor original desapareça, as pessoas que visitaram a página ainda podem compartilha-la com o mundo
O Wired descreve que, neste modelo:
“Quem publica obtém melhorias em questão de resiliência, enquanto leitores apoiam o conteúdo com o qual eles se importam. Eventualmente, a equipe do IPFS e outros grupos esperam tornar possível a criação de aplicativos interativos nas linhas de código do Facebook, sem a necessidade de servidores centralizados para funcionarem.”
Enquanto mais e mais clientes e empresas comprarem na economia descentralizada, será interessante ver quais projetos serão adotados em larga escala mais rápido. Os “Googles” pelo mundo estão investindo quantidades significativas de capital para obter tecnologias inovadoras, como blockchain, e disponibiliza-las ao público o mais rápido possível. Foi dada a largada.
Fonte: CCN.com
Edição: Webitcoin