O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, anunciou o plano de lançamento de um Real digital (uma CBDC) até o final de 2022.

Em um evento patrocinado pela Bloomberg, Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, elogiou os sistemas de pagamento em moeda digital como o futuro dos sistemas financeiros, afirmando que o país está prestes a lançar seu “Real digital” nos próximos dois anos.

Apesar de ter iniciado suas pesquisas sobre seus sistemas de pagamentos digitais e criptomoeda de banco central (CBDC) recentemente, o Brasil pretende acelerar seus esforços no campo para fornecer uma plataforma estável e funcional até 2023. De acordo com Neto, o CBDC do Brasil será construída em um sistema de pagamento instantâneo permitindo uma plataforma eficiente e aberta e transações interoperáveis ​​entre sistemas semelhantes em uma tentativa de melhorar o sistema financeiro.

Neto afirmou que o Brasil está pronto para lançar seu CBDC dado que tem “todos os ingredientes” para iniciar seu projeto CBDC e concluí-lo até 2022. Ele disse:

“Para ter uma moeda digital, você precisa de um sistema de pagamentos instantâneos que seja eficiente e interoperável; um sistema aberto, onde pode criar competição; e uma moeda que tenha credibilidade, seja conversível e internacional. Depois disso, eu acho que você tem todos os ingredientes para ter uma moeda digital. Nós achamos que teremos isso em 2022”.

PIX e Real digital

Além disso, o banco central tem trabalhado em sua nova ferramenta para fornecer liquidações bancárias instantâneas entre bancos. A nova ferramenta, PIX, será lançada em novembro, permitindo transações bancárias abertas ponto a ponto que podem ser liquidadas em questão de segundos.

Neto, porém, não mencionou o papel que a CBDC terá no PIX. Espera-se que seja complementar a este último. Ele esclareceu ainda o papel de um CBDC como:

“Uma CBDC distingue-se de criptomoedas sem fidúcia (garantia) nacional, como bitcoins, porque trata-se de apenas uma nova forma de representação da moeda já emitida pela autoridade monetária nacional, ou seja, faz parte da política monetária do país de emissão”.

Com o lançamento de seu próprio projeto CBDC, o Brasil se junta a vários países que já trabalham em CBDCs, incluindo China, Japão e Canadá.

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Fonte: bitcoinexchangeguide

O autor: Bruno Lugarini

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.