Venezuela pode limitar número de exchanges no país
O governo venezuelano pode tomar providências para restringir o número de exchanges aptas a operar no país.
Segundo um manual de dez páginas publicado na última semana, parte de uma série de publicações relacionadas à nova criptomoeda do país, a Petro, apenas oito exchanges poderão ser aprovadas, inicialmente, para operar no mercado.
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O documento, publicado em 20 de fevereiro, detalha os requerimentos que deverão ser observados pelas exchanges locais no desempenho de suas funções. Ele sugere que o limite existirá apenas como “ponto inicial”, de acordo com as previsões da Superintendência de Criptomoedas da Venezuela, sendo possível que o governo altere este limite após decorridos 90 dias de operações.
Fontes com conhecimento do processo em tramitação na Venezuela dizem o contrário, alegando que o limite pode ser mais restritivo na prática.
Segundo Daniel Arraez, co-fundador da BlinkTrade, o governo pode restringir o limite de exchanges para um número abaixo do inicialmente estipulado. BlinkTrade, que oferece softwares open-source para exchanges, criou a SurBitcoin na Venezuela em 2014, e está se preparando para operar dentro do novo regime da Petro.
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Arraez disse que a mudança na regulamentação pode representar uma oportunidade significativa no mercado, mas apenas se as exchanges forem transparentes a ponto de serem consideradas legítimas pela população venezuelana. Arraez falou de forma otimista sobre os prospectos da sua empresa:
“Nós acreditamos que as mudanças trazidas pela regulamentação atual são boas.”
Ele acrescentou:
“Nós já estamos em negociações, planejando iniciar as atividades o mais rápido possível. Sentimos que o mercado estará seguro, nos dando garantias operacionais para salvaguardar a segurança e as posses de nossos clientes.”
Agora é uma questão de esperar para ver quantas exchanges serão criadas na Venezuela sobre a nova estrutura regulatória. Da mesma forma, não está claro quais exchanges estão em negociações com o governo Maduro, embora uma notícia veiculada por um meio midiático local tenha citado Maduro em 21 de fevereiro, tendo este dito:
“36 das maiores exchanges do mundo estão conversando com o governo.”
Desta forma, o documento oferece uma janela ao governo venezuelano, para que este elabore planos de supervisão voltados às exchanges, bem como pense em uma forma de construir um ecossistema em torno de sua criptomoeda.
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Fonte: CoinDesk
Edição: WeBitcoin