África do Sul: fundadores da exchange Africrypt desaparecem com US$ 3,6 bilhões em criptomoedas
Antes disso, em abril, os fundadores da Africrypt disseram ter sido hackeados
Os fundadores de uma exchange de criptomoedas sul-africana supostamente desapareceram com quase US $ 3,6 bilhões em criptomoedas depois de dizer aos investidores que foram hackeados em abril.
A Bloomberg relatou que um escritório de advocacia da Cidade do Cabo afirma não conseguir localizar Ameer e Raees Cajee, os fundadores da Africrypt – uma das maiores exchanges de criptomoedas do país.
Em abril, a empresa disse aos investidores que havia sido hackeada, mas pediu que eles não relatassem o incidente à polícia, dizendo que isso retardaria o processo de recuperação dos fundos perdidos. O suposto hack ocorreu quando o valor do Bitcoin atingiu níveis recordes.
Alguns investidores contrataram o escritório de advocacia Hanekom Attorneys para investigar o incidente, mas o escritório de advocacia não conseguiu encontrar os irmãos.
O que descobriu foi que os fundos agrupados da Africrypt foram retirados das contas locais e carteiras dos clientes onde as moedas foram originalmente mantidas, em seguida, colocados em “tumblers e mixers” – também conhecidos como outros grandes pools de Bitcoin – um processo que complica seriamente qualquer tentativa de rastrear o dinheiro.
“Os funcionários da Africrypt perderam o acesso às plataformas de back-end sete dias antes do alegado hack”, disseram os advogados da Hanekom à Bloomberg.
A agência relatou que tentou ligar para os dois irmãos várias vezes, mas todas as ligações foram direto para o correio de voz. O site Africrypt também está fora do ar.
- Veja também: Pesquisa: 85% dos traders possuem Bitcoin
O incidente foi relatado à Hawks, uma força policial nacional de elite que luta contra o crime organizado, o crime econômico, a corrupção e outros crimes graves.
Os advogados também alertaram as exchanges de criptomoedas em todo o mundo para estarem atentas a tentativas de converter as moedas.
A Autoridade de Conduta do Setor Financeiro da África do Sul está investigando o Africrypt, mas não pode lançar uma investigação oficial sobre o incidente porque a criptomoeda não é considerada um produto financeiro legal no país, informou a Bloomberg citando o chefe da fiscalização Brandon Topham.
Acredita-se que o mercado esteja operando em grande parte sem ser controlado pelos poderes reguladores, informou a Bloomberg.
Se o dinheiro não for recuperado, o incidente será a maior perda de criptomoedas da história.
No ano passado, a Mirror Trading International, outra corretora sul-africana de Bitcoin, entrou em colapso, com investidores perdendo cerca de US $ 1,2 bilhão em moeda digital.
Fonte: