El Salvador embarcou em um projeto ambicioso que usa energia geotérmica vulcânica para minerar Bitcoin (BTC).

A mineração de Bitcoin proposta por El Salvador pode ganhar centenas de milhões de dólares a cada ano, dado o estado da rede atual, de acordo com um importante minerador.

Bitcoin em El Salvador

O país fez história no mês passado depois de se tornar a primeira nação a reconhecer e classificar o Bitcoin como “recurso legal”, permitindo que os cidadãos paguem legalmente usando o ativo por todos os bens e serviços no país, incluindo quaisquer remessas enviadas para o exterior.

No entanto, não parou por aí. O presidente Nayib Bukele revelou logo após a mudança que o país estava planejando aproveitar a energia geotérmica de seus vulcões ativos para alimentar plataformas de mineração de Bitcoin – usando energia “limpa” para fazer isso e, ao mesmo tempo, criar um fluxo de receita para a nação.

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O plano está definido para gerar mais de 95 MegaWatt (MW) de energia, o suficiente para alimentar uma mina de tamanho considerável.

E esse movimento parece lucrativo:

“95MW pode gerar 3 Exahashes que, na rede Bitcoin atual, é cerca de 1800 Bitcoin em receitas por mês ou US$ 750 milhões por ano”, disse o fundador d Bitfury George Kikvadze em um tweet.

Ele acrescentou: “Não tenho dúvidas de que este será o projeto mais lucrativo da HISTÓRIA de El Salvador ou da América Central”.

Mineração

A mineração de criptomoedas de “proof-of-work” envolve o uso de um sistema de computação massivo que resolve milhões de cálculos complexos a cada segundo para validar transações em redes como Bitcoin.

Os mineradores, por sua vez, são remunerados em BTC pela rede, parte da qual é vendida para cobrir custos e garantir o funcionamento. Cada bloco recompensa 6,25 BTC (mais de US$ 216.000) a partir de 2021, com as maiores mineradoras gerando receitas de milhões de dólares por dia.

Esses incentivos são uma bênção para países como El Salvador (ou qualquer outro). O aproveitamento dos recursos naturais pode significar uma fonte adicional de receita para a economia, que melhora os meios de subsistência, fornece empregos e aumenta a receita de impostos para o país.

Nem todo mundo está nesse caminho, no entanto. A China, antigo lar das maiores operações de mineração, recentemente lançou sua última rodada de regulamentação contra atividades relacionadas ao Bitcoin no mês passado.

Isso fez com que centenas de mineradores deixassem o país em massa, resultando na “taxa de hash” despencando para mínimas de vários anos.

Fonte: Cryptoslate

O autor: Bruno Lugarini

Estudante de Sistema da Informação, técnico de informática, apaixonado por tecnologia, entusiasta das criptomoedas e Nerd.