Jogos baseados em Blockchain são o futuro
Axie Infinity mostrou à indústria de jogos apenas uma fatia do que os jogos baseados em blockchain podem alcançar, e a indústria está pronta para explodir em um futuro próximo.
Os tokens não fungíveis se tornaram muito populares em 2021. A primeira onda de destaque desses tokens, registrada no primeiro semestre deste ano, levou ao público as “cripto artes”, imagens digitalizadas e eternizadas por meio de tecnologia blockchain. Agora, os NFTs estão se popularizando por meio de jogos que recompensam os usuários com tokens, criando o modelo chamado de “play to earn“.
Os jogos em blockchain são a aposta de muitas empresas para o futuro da indústria. A Ubisoft revelou no mês de Outubro que tem interesse em criar jogos nesse nicho, a EA também entrou na roda e afirmou que NFTs e games em blockchain são o futuro dos videogames.
Segundo Andrew Wilson, CEO da EA:
“Eu penso que no contexto de jogos e serviços online que nós oferecemos, conteúdo digital coletável será uma parte importante do nosso futuro. Então, ainda é cedo para dizer, mas acho que estamos em uma posição muito boa, e nós devemos esperar que pensemos de forma mais criativa e inovadora sobre isso a partir de agora”.
A empresa listou algumas vagas recentemente onde, na descrição, incluía que parte da função era determinar o ritmo da EA na análise de novas oportunidades de negócios, como esportes fantasy, jogos em blockchain e NFTs.
Para se ter uma ideia, o mais famoso, o Axie Infinity, já movimentou mais de R$ 2,5 bilhões entre o final de agosto e setembro deste ano, nos dados do agregador DappRadar. Em agosto, o Axie Infinity ultrapassou a marca de 1 milhão de jogadores ativos, aqueles que jogam todos os dias, informou a desenvolvedora do jogo, Sky Mavis, que publicou o dado em seu perfil no Twitter.
https://twitter.com/AxieInfinity/status/1423589789136154629?s=20
“Vejo os jogos em NFT como um futuro sólido para a indústria dos games em geral. É uma tendência mundial o que está acontecendo, é mais do que uma moda”.
Diz Gabriel Boni, country manager da Yield Guild Games (YGG), grupo focado em apoiar o desenvolvimento de jogos play to earn baseados em NFT.
Um dado interessante em 2018 nos Estados Unidos sobre eventos esportivos é que, três dos quatro eventos mais vistos eram e-sporting. Por exemplo, o campeonato League of Legends teve 30 milhões de visualizações a mais que o AFC Championship e 45 milhões a mais que o NCAA Football Championship.
Travis Scott fez uma performance ao vivo na popular plataforma de jogos Fortnite em abril passado. Recebeu mais de 12,3 milhões de visualizações e rendeu a Scott mais de US$ 20 milhões.
Comunidade de gamers unida e em alta.
Uma prática comum no ramo dos jogos play to earn consiste em jogar, coletar as recompensas, vender os tokens e deixar o jogo. Mas também há os que começam a jogar e acabam optando por permanecer na comunidade do jogo, auxiliando no seu desenvolvimento.
Segundo Helo Passos, líder da maior comunidade de jogadores de Axie Infinity do Brasil e terceira maior do mundo, não faltam exemplos de participantes que já conseguiram lucrar com os jogos, porém, continuam jogando.
“Embora o crescimento não seja tão forte quanto aquele visto em julho, a comunidade segue crescendo diariamente, mesmo com muitos conseguindo retorno sobre o valor investido”, diz a líder.
Games em blockchain dão aos gamers o real sentido de “donos”.
Os jogos hoje acontecem em redes de dados isoladas. Isso significa que os usuários não podem possuir seus ativos no jogo (skins, avatares, habilidades, etc). A plataforma os possui. O Axie Infinity, por exemplo, está interrompendo esse modelo porque os usuários possuem seus ativos, como tokens não fungíveis (NFTs) no Axie e podem vendê-los em um mercado livre, de jogos com fins lucrativos.
Como as blockchains são abertos, qualquer pessoa pode criar com base nelas. Isso significa que, devemos esperar um futuro onde existam jogos de blockchain construídos em cima de várias blockchains de camada um, por exemplo, Ethereum, Solana, Cosmos, etc.
Seus ativos, como NFTs na forma de peles, avatares ou armas. Isso é algo que não é possível hoje. Além disso, os usuários poderão negociar seus ativos de NFT para obter lucro, se quiserem, ou talvez eles queiram construir NFTs, o que hoje é uma realidade e nem precisa ter uma plataforma de jogos para fazer isso.
Conheceu esse universo dos criptoativos em 2016 e desde 2017 vem intensificando a busca por conhecimentos na área. Hoje trabalha juntamente com sua esposa no criptomercado de forma profissional. Bacharelando em Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital.