Oficial russo refuta ligação do país com a Petro
Um oficial russo alega que seu país nunca se aliou à Venezuela para o lançamento da Petro, relatou o veículo midiático russo TASS na última sexta-feira. A Petro é a primeira criptomoeda estatal do mundo.
Artyom Kozhin, vice-diretor de informação e do departamento de imprensa do Ministério das Relações Exteriores russo, alegou na sexta-feira que uma história publicada pela revista Time, bem como algumas outras notícias veiculadas por outros meios alegando que a Petro poderia ter origem russa, são todas falsas.
Rússia alega que fatos foram ignorados
O Ministério das Finanças da Rússia advertiu à Time de que o país negou qualquer envolvimento com a Petro, tendo a renomada revista ignorado a declaração do ministério. Em um encontro realizado em 21 de fevereiro, em Moscou, Kozhin disse que Simon Zerpa, Ministro da Economia e das Finanças da Venezuela, explicou sobre a criptomoeda venezuelana apenas para informar aos russos sobre o projeto, embora nenhuma das partes tenha mencionado, revisado ou discutido uma aliança entre os dois países em relação à Petro.
A Petro, que é lastreada pelo petróleo produzido pela Venezuela, foi anunciada em dezembro por Nicolas Maduro como uma forma de pagamento para escapar das sanções impostas pelos Estados Unidos. A pré-venda de 82,4 milhões de petros foi anunciada em 20 de fevereiro deste ano.
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Segundo a Time, Putin autorizou envolvimento com a Petro
A revista Time relatou que o presidente russo, Vladimir Putin, teria autorizado o auxílio russo ao lançamento da Petro, citando fontes anônimas próximas à suposta joint venture oculta.
O relato da Time mencionou dois russos, Denis Druzhkov e Fyodor Bogorodsky, que possuem laços com bancos do país, agindo como consultores da Petro. Ambos sentaram na primeira fila no palácio presidencial durante o lançamento da Petro.
Druzhkov, segundo um veículo de imprensa associado à Time, é CEO da Zeus Trading, que foi multada em US$31000 e barrada dos serviços de troca há três anos atrás pela Chicago Mercantile Exchange (uma bolsa dos Estados Unidos), por realizar trocas fraudulentas em contratos futuros.
Bogorodsky, conforme o relato da Time, vive no Uruguai e foi descrito pelo governo como diretor da companhia Aerotrading, cujo site consiste em uma única home page, sem informações da companhia.
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Uma das fontes da Time foi um oficial de um banco russo
Consultores sênior do Kremlin supervisionaram o projeto da Petro, conforme afirma o executivo de um banco estatal russo que lida com criptomoedas. Ademais, Putin assinou o projeto no ano passado, disse o relato.
“Pessoas próximas de Putin, elas disseram a ele que é assim que se evita sanções. Foi assim que a coisa toda começou,” disse o banqueiro não identificado.
O Kremlin não respondeu à solicitação da Time para comentar sobre o caso, contudo, o Ministério das Finanças disse que nenhuma das autoridades financeiras do país estão envolvidas no desenvolvimento ou no lançamento da Petro.
O governo venezuelano também não respondeu à revista.
Fonte: CCN
Edição: WeBitcoin