Exchanges descentralizadas simplificarão o ecossistema para os usuários finais
Blockchain e criptomoedas são novas tecnologias que estão criando um mercado que cresce de forma extremamente rápida. O número de criptomoedas que são criadas diariamente torna imperativa a existência de um sistema melhor para gerenciamento e transações.
Para uma tecnologia que ainda está buscando a adoção no mainstream, um acesso fácil e um bom sistema de comunicação desempenham funções importantes no seu estabelecimento. Os sistemas de armazenamento existentes (carteiras) para criptomoedas e a estrutura atual das exchanges fazem com que seja incômodo operar atualmente no ecossistema.
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Eliminando as complexidades das criptos
As limitações acima mencionadas não passam sem serem notadas pela indústria, tendo em vista as várias companhias preocupadas em fornecer métodos alternativos para solucionar os problemas apontados pelos usuários.
Segundo Jeremy Epstein, CEO da Never Stop Marketing, um dos desenvolvimentos mais necessários é a redução da complexidade do gerenciamento de ativos digitais, que envolverá a criação de uma carteira multisig (onde mais de um usuário pode acessar).
Por exemplo, se algo acontece comigo, como eu poderei ter certeza de que meus entes queridos terão acesso às minhas moedas e/ou aos ativos digitais? Um outro exemplo seria: e se alguém me faz de refém? Como nós garantimos que o ladrão não fugirá com o dinheiro?
Epstein explica que fora de casos de uso individuais, nós devemos pensar em governança corporativa. Se uma companhia recebe um pagamento em criptomoedas por um bem ou serviço, estas moedas precisam ser protegidas, e não armazenadas na conta de uma só pessoa. Essa é uma grande barreira para a adoção pelo mainstream.
Em relação ao problema de compatibilidade “cripto para cripto” e “cripto para fiat”, Epstein ressalta que já existem sistemas que as estão tornando mais fáceis para que os usuários possam transacionar seus bens entre diferentes comunidades.
Ele ressalta que isso é necessário pelo fato das exchanges centralizadas serem designadas para tirar vantagem de investidores do varejo. Ele ainda salienta que 90% das negociações nessas plataformas são feitas “pela casa”, a fim de poder manipular os valores e tirar vantagem dos investidores.
Contudo, exchanges descentralizadas como a Bancor, por exemplo, já têm um volume de transações diário em cerca de US$10 milhões. Serviços como o Radar Relay, construídos em cima de um protocolo 0x, estão removendo os riscos associados com livros de compra abertos. Além disso, plataformas de interoperabilidade entre blockchains, como a ARK, com seus SmartBridge e Encoded Listeners, ajudarão as pessoas a conduzirem comércios relativamente livres de fricção entre blockchains sem segurar as moedas de outra rede.
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Um novo desenvolvimento na indústria
A usabilidade deste tipo de exchange ainda não é popular. Contudo, a oportunidade gerada por elas está ganhando significado. Plataformas emergentes como a Alttex também estão criando plataformas de troca descentralizadas e com suporte para várias moedas. O CEO da companhia, Yevhenii Meita, explica que o fato da plataforma ser descentralizada permite a existência de um sistema mais seguro, protegendo a exchange de hackers e ataques DDoS.
“O sistema de segurança AltExchange é bem confiável. Para um nível extra de proteção, nós disponibilizamos Touch ID, Face ID e uma funcionalidade em código PIN, com uma autenticação em duas etapas via email”, disse Meita.
Ele conclui explicando que a plataforma permitirá que usuários comprem criptomoedas de forma segura, utilizando cartões de crédito ou débito, além de poderem sacar dinheiro com comissões mínimas. Tudo que é necessário para a verificação de identificação são duas selfies mostrando ambos os lados do cartão, utilizando o especializado AltScanner.
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É tudo sobre o usuário final
Quando se lida com a implementação prática de criptomoedas e a facilitação da aplicação, o assunto principal geralmente é o usuário final. Até onde importa, tudo está bem quando o usuário final está bem.
Esta é uma opinião compartilhada pelo co-fundador e desenvolvedor chefe da MoxyOne, Tanshul Kumar. Kumar ressalta que ainda há muito a ser trabalhado em relação ao design e simplificação do processo para os usuários finais. Ele explicou que essa é uma das principais razões pelas quais sua organização buscará desenvolver um sistema de carteira único, que será feito através de pesquisas realizadas nas carteiras já existentes e de modernos conceitos de design UX.
Isso, ele salienta, melhorará a forma como as pessoas lidam com suas criptomoedas e facilitará a forma como elas podem gastá-las.
“MoxyOne pegará tudo de bom das soluções de armazenamento digital já existentes e trabalhará com companhias especializadas em blockchain para garantir que nós teremos o produto mais seguro e funcional disponível para nossos usuários e empresas parceiras. Trabalhando junto com outros grandes ativos e soluções em blockchain nós podemos melhorar nossos sistemas pré-existentes, a fim de tornar criptomoedas mais seguras e fáceis de usar”, concluiu Kumar.”
Fonte: CCN
Edição: WeBitcoin