Um resumo sobre os tópicos envolvendo criptomoedas discutidos durante o encontro do G20
Na semana passada, o G20, o grupo com as vinte maiores economias do mundo, se reuniu na Argentina. A regulamentação de criptomoedas estava entre os principais tópicos debatidos pelo grupo multilateral. A importância de tudo o que foi discutido na Argentina pode impactar o mercado das criptos ao redor do mundo. A principal mensagem foi: nós não baniremos, nós regularemos o mercado. Notícias positivas se deram no sentido de existirem muitas dúvidas sobre como o grupo que inclui China, Estados Unidos, Japão e outros países, lidarão com a matéria.
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O site de notícias CCN, em parceria com o Criptomoedas Fácil, resumiu os principais pontos discutidos durante o encontro. Em julho, as primeiras propostas de regulamentação concretas deverão ser apresentadas, sendo importante acompanhar o desenvolvimento do tema que trará legitimidade institucional para criptomoedas como bitcoin, abrindo as portas para a entrada de grandes investidores e grandes mercados ao redor do mundo.
1. Criptomoedas/blockchain devem ser adotados pelos países
Os participantes do G20 reconheceram que as criptomoedas possuem o poder para inserir pessoas que, hoje, estão à margem do sistema econômico. Ademais, eles descobriram que podem (e devem, segundo o ministro das finanças espanhol) auxiliar os governos em expandir as políticas sociais.
2. As nações reconhecem o fim da economia tradicional
Ministros também concordaram que a economia tradicional está passando por um processo de transação, não sendo mais possível separar a era digital da economia.
3. Regulamentação é inevitável
A regulamentação é um processo inevitável e, embora a economia seja digital, os cidadãos são reais e estão inseridos em um país, assim como as empresas, razões pelas quais regras devem ser impostas, assim como ocorre em outros tipos de negócios.
4. Regulamentar, mas não proibir
Membros do G20 concordaram de forma unânime que as criptomoedas são importantes e representam uma revolução na organização econômica e social, não podendo serem banidas, embora necessitem passar por um processo regulatório.
5. Regulamentações não impedirão os avanços tecnológicos, embora taxas sejam praticamente certas
Também ficou claro que o processo de regulamentação será feito de forma muito cuidadosa, de forma a não impor regras muito duras que limitem o desenvolvimento da tecnologia. Contudo, a aplicação de taxas, o que pode acontecer em diferentes partes do processo, são praticamente certas.
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6. Primeiras propostas regulatórias serão apresentadas em julho
Os presidentes dos bancos centrais, a Financial Action Task Force (FAFT) e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD) serão os responsáveis pelas propostas regulatórias do G20. As primeiras propostas práticas em relação às regulamentações serão apresentadas em julho deste ano, durante o terceiro encontro dos ministros das finanças e dos presidentes dos bancos centrais.
7. Prevenção de crimes
As propostas regulatórias focarão em prevenir atividades ilícitas, como financiamento de atos e grupos terroristas, evasão de regulações sobre moedas, lavagem de dinheiro, além de focar na proteção do consumidor – leia-se “evitar que golpes sejam aplicados por ICOs, projetos de criptomoedas, dentre outras práticas.
8. Rastreamento e KYC
Ainda não há um consenso sobre como ou se os cripto ativos podem ser rastreados ou marcados a fim de possibilitar a identificação dos ativos – de onde eles vieram e para onde vão. Contudo, padrões de KYC e Identidade Digital serão pontos chaves a serem discutidos.
9. A Europa quer liderar o processo e não esperará pelo G20
A Europa quer liderar o processo de regulamentação de criptomoedas, e não esperará até julho por uma posição do G20. Alguns países do continente já criaram um grupo para discutir a questão e implementar normas práticas para a Europa antes mesmo das propostas do G20.
10. Autorregulamentação
Embora o assunto não tenha sido tratado em encontros oficiais, por trás das cortinas, o processo autorregulatório que está tomando forma no Japão, em Porto Rico e nos Estados Unidos foi muito comentado e, possivelmente, poderá ser incluído na pauta principal do grupo.
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Fonte: CCN
Edição: WeBitcoin