Banco Central do Brasil aprova emissão de tokens usando blockchain
Com a Blockchain no caminho de todos, Banco Central aprova Bolsa OTC Brasil, plataforma de compra e venda de ativos.
A Bolsa OTC Brasil é uma plataforma eletrônica que permitirá a empresas previamente listadas e qualificadas, fazer emissão de títulos de dívida de uma forma segura e desburocratizada, conectando agentes do mercado em sua originação, distribuição, negociação e liquidação.
A Bolsa OTC Brasil atuará, assim, como registradora e liquidante de transações de compra e venda de ativos tokenizados.
Para isso, utilizará o, Corda Enterprise da R3, a maior plataforma tecnológica de blockchain do mundo para mercados regulados, assegurando integridade e conformidade regulatória a todos os participantes.
Inicialmente eram 52 projetos inscritos, apenas 7 foram selecionados após meses de avaliação. O fator de maior relevância foi o alto nível e inovação do projeto Bolsa OTC Brasil, juntamente com a estratégia do BC de favorecer a descentralização para o aumento da oferta de crédito, o que fomenta o desenvolvimento econômico.
Elaborada inicialmente por Celso Jung, a ideia da Bolsa OTC Brasil nasceu dentro da iniciativa LIFT (Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas), coordenada pela Fenasbac (Federação dos Servidores do Banco Central) com suporte do próprio Banco Central. Um dos egressores da Bolsa que auxiliou na estruturação é o executivo, Paulo Oiveira, ex diretor Executivo da BM&FBovespa e atual presidente da OTC Brasil.
Banco Central e a sandbox.
De acordo com o BC, o foco principal é estimular a inovação e a diversidade de modelos de negócio, atender às diversas necessidades dos usuários, tanto do SFN quanto SPB, assegurando o bom funcionamento de ambos, e fomentar a concorrência entre os fornecedores de produtos e serviços financeiros.
“O propósito é avaliar experiências novas, modelos de negócios inovadores. O BC irá analisar se essas propostas que nos foram apresentadas fazem sentido, podem ser efetivadas. Caso a resposta seja positiva, cabe a nós, como órgão regulador do SFN e do SPB, desenvolver uma norma que abarque essas inovações”, explicou o analista no Decem e coordenador da assessoria técnica do CESB, César Frade.
Confira os outros 6 projetos selecionados.
Os projetos aprovados receberão autorização específica do Banco Central e terão o seu desenvolvimento acompanhado pelo Comitê Estratégico de Gestão do Sandbox BC.
Itaucard – Realização de transações de pagamento com concessão de crédito, rotativo ou parcelado, utilizando funcionalidades do Pix;
Inco – Desenvolvimento de um mercado secundário de Cédulas de Crédito Bancário – CCBs;
HIMOV – Empréstimo com garantia de imóvel, com o pagamento no vencimento e sem amortizações periódicas, conjugado com a contratação de seguros específicos para redução dos riscos pertinentes;
JP Morgan – Solução tecnológica para a execução de instruções de pagamentos multi-moedas, de uso exclusivo entre instituições autorizadas pelo BC a operar no mercado de câmbio com a finalidade de troca imediata de reservas;
Mercado Pago – Implementação de uma rede de pontos físicos que ofereça o serviço de aporte de recursos em espécie;
IUPI – Plataforma capaz de movimentar valores entre duas ou mais contas, mediante a transferência de valores para contas “temporárias ou de liquidação“, sob demanda, para a realização de uma operação sob condições previamente firmadas.
Conheceu esse universo dos criptoativos em 2016 e desde 2017 vem intensificando a busca por conhecimentos na área. Hoje trabalha juntamente com sua esposa no criptomercado de forma profissional. Bacharelando em Blockchain, Criptomoedas e Finanças na Era Digital.