Apesar de a plataforma censurar os números de dislikes, há um plugin que mostra os números – e a Ubisoft não conseguiu agradar os fãs.

Parece que o primeiro projeto de tokens não fungíveis (NFT) da Ubisoft, gigante da indústria de games, não agradou praticamente ninguém.

Na quarta-feira (8), a Ubisoft publicou, em seu canal do YouTube, o lançamento do projeto Quartz. O objetivo é trazer itens, como skins de armas e roupas, para o formato NFT para o jogo Ghost Recon Breakpoint.

Segundo o vídeo, que tem pouco mais de um minuto, a plataforma permite que os gamers “coletem os primeiros NFTs jogáveis e energeticamente eficientes, chamados de Digits”.

Muito hate

O vídeo, que agora só consegue ser encontrado por meio de canais de terceiros, tinha cerca de 215 mil visualizações, com cerca de 1.400 likes e 37 mil dislikes. Com isso, a Ubisoft alcançou uma rejeição na plataforma de aproximadamente 96%.

Uma extensão no Chrome permite visualizar os dislikes nos vídeos, que foram censurados mediante nova política de privacidade.

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Os usuários ficaram com tanta raiva da iniciativa da Ubisoft que alguns deles ameaçaram desinstalar o jogo, pois a prática seria abusiva:

“Por conta de minha visão pessoal sobre os NFTs, e não por causa do ecossistema como um todo, procederei à desinstalação de qualquer produto relacionados a vocês e não comprarei mais seus jogos. Isso é tudo. Aos que não gostam do marketing atual da Ubi, apenas parem de comprar.”

Usuários do Reddit estão articulando um boicote contra o novo projeto NFT da Ubisoft. A publicação do usuário u/WolverineKuzuri93 já possui milhares de comentários, com 93% de aprovação em sua iniciativa:

“Não sou totalmente contra o conceito de utilizar sistemas de NFTs para jogos digitais. Por exemplo, possuir sua própria cópia digital em vez uma licença, pois você pode vendê-la para outras contas de usuários. Esse é, na verdade, o futuro dos games. O que sou contra é a Ubisoft fazê-lo com itens in-game.”

Até o presente momento, a Ubisoft não se manifestou a respeito da rejeição da comunidade.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.