Fundação Getúlio Vargas oferecerá mestrado em criptomoedas

A Fundação Getúlio Vargas está lançando o primeiro mestrado do Brasil em cripto finanças. O curso surge em meio à crescente adoção do tema das moedas virtuais pelas universidades brasileiras, com assuntos pertinentes a criptomoedas sendo cada vez mais incorporados no “mainstream” dos estudos das finanças do setor terciário.

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Fundação Getúlio Vargas oferecerá mestrado em cripto finança a partir do próximo semestre

A Fundação Getúlio Vargas (FGV) de São Paulo anunciou o primeiro programa de mestrado em cripto finança do país.

O coordenador do programa, Ricardo Rochman, enfatizou a necessidade da disponibilização de melhores recursos educacionais no que tange as criptomoedas, declarando:

 “É um mercado em que falta muita gente capacitada. Temos fundamentos econômicos e financeiros dentro das criptofinanças que valem a pena ser discutidos, pesquisados e ensinados.”

A estudante de economia de 26 anos, Michele Araújo, falou sobre os benefícios de estudar o mercado sob uma perspectiva não especulativa:

“Há um ganho conceitual de saber tanto como funciona a aplicação prática, quanto saber como pode ser uma alternativa de investimento.”

Estudantes formam uma start-up/grupo de estudos

Estudantes tiveram a iniciativa de estabelecer o programa Blockchain Insper, uma combinação de grupo de estudos e uma companhia júnior.

O grupo foi estabelecido por dois estudantes de economia – João Perpétuo e Felipe Santos.

“A gente teve a humildade de entender que não adianta fazer algo sozinho,” disse João sobre a decisão de criar o Blockchain Insper. “A gente achou que poderia criar um hub que facilitasse a entrada para todos os alunos e tem um viés de inovação que nos diferencia de uma empresa júnior. A nossa visão é capacitar para coisas realmente novas,” acrescentou Felipe.

A Blockchain Insper foi formada há sete meses, e já fechou parcerias com cinco companhias que operam na indústria das criptomoedas, estas fornecendo profissionais que atuam como mentores e consultores do grupo.

Atualmente, a Blockchain Insper conta com 23 membros, divididos em equipes de pesquisa que estudam finanças, tecnologia e negócios, além de departamentos cujo objetivo é gerenciar e executar a parte de marketing, estratégia, conteúdo e eventos. Todos os estudantes estão envolvidos com as atividades práticas e teóricas.

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Parte da FGV São Paulo

Criptomoedas incorporadas ao estudo de economia

No ano passado, o curso de Economia da USP incorporou criptomoedas como tema adicional na disciplina de Derivativos – acréscimo conduzido pelo professor Alan de Genaro.

Genaro declarou que:

“Eu entendo que alguns assuntos têm de ser apresentados ainda que ele [aluno] não vá trabalhar no mercado de finanças. As pessoas tem de entender quais fatores são benéficos e quais não são adequados [nas criptomoedas].”

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Fonte: Bitcoin.com