Cazaquistão fecha 13 mineradoras de criptomoedas ilegais
Governo realizou operação por conta de crise energética no país; mudanças tributárias podem comprometer a mineração.
Combate ao crime
De acordo com informações oficiais do governo do Cazaquistão, membros do Comitê de Supervisão de Energia realizaram diversas inspeções ao redor do país para localizar atividades ilegais de mineração.
Diversas autarquias foram acionadas com o objetivo de auxiliar o Ministério de Energia em sua empreitada. Em cinco dias, os oficiais foram capazes de localizar 13 mineradoras de criptomoedas funcionando ilegalmente.
Autoridades encontraram atividades ilícitas de mineração na região de Karaganda, as quais consumiam cerca de 31 MW de energia; em Pavlodar, 22MW; por fim, outras regiões, como Akmola, Kostanay e Shymkent, também foram verificadas, mas o consumo energético registrado era bem menor.
Regulamentação
O ministério afirma que algumas mineradoras criaram restrições para si, não consumindo mais que 91MW no oeste do Cazaquistão, bem como 44MW em Karaganda.
Porém, o governo, pelo que parece, não pretende reprimir totalmente as atividades de mineração no país: oficiais também querem mapear as localidades onde as mineradoras autorizadas estão realizando seus serviços.
Para tanto, Kassym-Jomart Tokayev, presidente do Cazaquistão, solicitou às autoridades que contabilizem todas as empresas deste nicho. Será preciso informar questões relacionadas a impostos e documentos técnicos que comprovem a licitude dos empreendimentos.
Reforma tributária
Marat Suntangaziyev, vice-ministro de finanças do país, quer aumentar o imposto sobre tarifa de eletricidade em 335%. Com isso, os mineradores deixariam de pagar uma taxa fixa de US$ 0,0023 kWh para US$ 0,01 por kWh.
Tal medida pode comprometer seriamente a lucratividade das atividades de mineração, tornando-as impossíveis.
Como se não bastasse, o governo pretende adicionar (mais) um imposto: equipamentos de mineração seriam taxados especialmente.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.