Um mistério do mundo cripto, que envolvia cerca de US$ 9 bilhões, teria finalmente sido resolvido? Uma MEGA lenda urbana.

Lendas urbanas nascem de rumores a respeito de situações inacreditáveis, mas nem sempre são coisas sobrenaturais. Os mistérios da cidade grande, muitas vezes podem ser mais assustadores do que os que surgem nas regiões rurais. Especialmente quando envolvem o sumiço de valores tão altos.

O mistério dos 9 bilhões

Uma organização autônoma e descentralizada, intitulada e simplesmente chamada de “The DAO” foi lançada na blockchain Ethereum, em 30 de abril de 2016.

DAO = Decentralized Autonomous Organisation.
Em tradução simples; Organização Autônoma Descentralizada.

Essas organizações DAO são, simplificadamente, pequenos grupos online, que emitem tokens digitais para que seus membros possam comprar.

Estes tokens emitidos e vendidos para os membros conferem direitos de voto, para orientar a direção da organização. Esta organização, The DAO, levantou cerca de US$ 150 milhões em Ethereum (ETH) dessa maneira, todavia, devido às vulnerabilidades do código subjacente, a The DAO foi hackeada uma quantia póxima de 3,6 milhões de Ethereum (atualmente valendo mais de US$ 9 bilhões) foram roubados.

As consequências do mistério, em questão

Este furto/hack levou a um “hard fork” no blockchain ethereum, que criou um novo blockchain, essencialmente apagando o hack. Mas nem todos os membros da The DAO concordaram com essa decisão. É por isso que existem duas blockchains ethereum, hoje; ethereum e ethereum classic.

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Forks e Hard Forks, uma breve explicação

Fork, ou bifurcação de rede, é uma mudança no software de uma criptomoeda. Ele cria duas versões diferentes de sua blockchain, e acontece tanto quando há discordância sobre alguma regra no protocolo, ou quando há um consenso sobre uma pequena atualização que precisa ser feita.

Os forks podem ser temporários ou permanentes, e criam duas moedas digitais independentes, como citamos mais a cima, o caso das redes Ethereum (ETH) e Ethereum Classic (ETC).

Fim do mistério da The DAO?

Ethereum é agora uma das blockchains mais proeminentes, entretanto, o mistério do furto/hacking da The DAO permaneceu sem solução, por vários anos.

No entanto, início desta semana, a jornalista Laura Shin, em preparação para o lançamento de seu livro, The Cryptopians, disse que descobriu a identidade do hacker da The DAO.

Shin teria rastreado o hacker. Este seria um programador australiano, que atuou no início da indústria de criptomoedas, e utilizando ferramentas de rastreamento da Chainalysis, uma empresa especializada no rastreamento de transações em blockchains, Shin teria chegado até ele.

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Correndo em círculos, atrás do próprio rabo

Quando Shin entrou em contato com o programador, ele obviamente negou suas alegações, afirmando que as declarações da jornalista e sua conclusão seriam factualmente imprecisas. O programador acusado disse que ela seguiria sem provas, então cortou todas as conexões com Shin.

Então, o júri ainda não sabe a identidade do hacker?
A análise do The Block investiga se a Chainalysis pode ou não rastrear todas as transações de criptografia.

Jogada de marketing para o lançamento de seu livro ou uma brilhante dedução, ao estilo de Sherlock Holmes? Fica no ar a pergunta, que neste caso não é de 1 milhão de dólares, mas sim de 9 bilhões.

Conclusão

Se Shin descobriu a identidade do hacker da The DAO, ela resolveu o segundo maior mistério no mundo das criptomoedas. O primeiro maior mistério seria a identidade de Satoshi Nakamoto, o(s) criador(es) do bitcoin, isto ainda não foi resolvido.

No ano passado, Craig Wright afirmou ser Satoshi Nakamoto, mas não conseguiu provar que é o proprietário da enorme quantidade de bitcoins que supostamente pertencem a Nakamoto.

Fontes de pesquisa e informações: CNET,

O autor: Bruno Rocha

Escritor, Compositor e Poeta, não necessariamente nesta ordem. Fissurado em Sci-fi e SteamPunk. Estudando e conhecendo as fascinantes redes Blockchain.