Bomb Crypto cai 96% desde sua alta histórica
Performance do ativo do game, assim como grande parte dos jogos NFT, vai mal; pouco está sendo feito para mudar o cenário.
Experiência de quase-morte
BCOIN, token financeiro do game NFT Bomb Crypto, caiu 96% desde sua máxima histórica, registrada no dia 29 de novembro do ano passado. Os dados são do CoinGecko.
A criptomoeda do jogo chegou a valer US$ 8,77; atualmente, seu valor gira em torno de US$ 0,38. Para adquirir novos heróis, o jogador precisa pagar 10 BCOIN por cada um; isso significa que, na atual cotação, é preciso investir cerca de R$ 19,60 para comprar um personagem.
Este valor é muito menor que o praticado na alta histórica, que exigia um investimento mínimo de R$ 491,70 por herói. A rentabilidade, como era de esperar, despencou.
Mudanças
Algumas alterações foram realizadas pelos desenvolvedores do Bomb Crypto para tentar “segurar” a economia do jogo. A interface foi aprimorada, com informações pertinentes a respeito da rentabilidade média dos heróis, o tempo decorrido, quantas fases foram concluídas etc.
Além disso, o marketplace de personagens foi implementado há alguns meses: jogadores podem negociar seus heróis por meio dos valores que desejarem. Entretanto, até o momento, apenas heróis Super Raros podem ser negociados na plataforma.
Acredita-se que as negociações não foram abertas para todos os níveis de raridade para garantir que os jogadores continuem comprando os pacotes de heróis diretamente no aplicativo do jogo.
Resumo
Os jogos NFT, em linhas gerais, enfrentam uma forte maré vermelha. Parte da culpa, como era de se esperar, tem a ver com a queda no valor do Bitcoin e das principais altcoins do mercado.
Porém, Bomb Crypto parece ter “parado no tempo” no que se refere ao seu desenvolvimento, limitando funcionalidades que, em um projeto verdadeiramente descentralizado, deveriam estar habilitadas por padrão – a exemplo do livre comércio de personagens, independentemente de sua escassez.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.