Mineração de Bitcoin poderá utilizar 0,5% da eletricidade mundial em 2018
O economista Alex de Vries, que publicou o artigo “Bitcoin’s Growing Energy Problem” (O Crescente Problema de Energia do Bitcoin) ontem, no jornal científico Joule, disse ao Independent que a mineração de Bitcoin utilizará 0,5% da energia mundial em 2018.
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De Vries concluiu que, tendo em vista que a rede de Bitcoin consome cerca de 2,55 GW de eletricidade e está caminhando para consumir 7,67 GW no futuro (para referência, a Irlanda consome 3,1 GW e a Áustria 8,2 GW), a rede possui um grande problema, e ele está crescendo rapidamente. Contudo, ele ressalta que soluções como a Lightning Network podem aliviar a situação.
A mineração de Bitcoin requer energia para realizar os cálculos que dão aos miners recompensas em Bitcoin. Em meados de fevereiro, foi relatado que a mineração de criptomoedas na Islândia consumirá mais energia do que as residências em 2018. O debate sobre o fato da mineração da maior criptomoeda do mercado ser nociva demais ao meio ambiente não está sendo considerado como um problema, pelo menos por enquanto, tendo em vista a necessidade do Bitcoin em países subdesenvolvidos.
De Vries disse ao Independent, contudo, que meio porcento é uma quantidade chocante:
“É uma diferença extrema comparada ao sistema financeiro regular, e essa crescente demanda por eletricidade definitivamente não nos ajudará a atingir as metas climáticas.”
O estudo científico detalha sobre a diferença entre os tipos de dispositivos para mineração de Bitcoin e seu uso individual de energia, ressaltando que tentar medir a eletricidade consumida por estes aparelhos ainda é um desafio. De Vries usou os Antminers da Bitmain como principal exemplo, a fim de ilustrar quanta energia cada um desses equipamentos utiliza durante sua vida útil.
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Enquanto o estudo de De Vries sobre consumo de energia pela mineração de Bitcoin é publicamente analisado, ele espera que o documento inicie uma conversa, pois ele acredita que o mundo precisa de mais discussões científicas sobre onde a rede está indo, em vez dos cálculos crus que são feitos atualmente, disse ele ao Independent.
A tecnologia por trás do Bitcoin, blockchain, está sendo utilizada para aliviar os danos causados ao meio ambiente em alguns casos. Esta semana, o IBM anunciou sua parceria com o Veridium Labs, cujo objetivo é tokenizar créditos de carbono, permitindo que as companhias mantenham um controle sobre suas emissões de carbono através de blockchain, potencialmente permitindo que eles reduzam seu impacto no meio ambiente.
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Fonte: The Cointelegraph