Tether e a América Latina desenvolvem stablecoin com lastro no peso mexicano
Oportunidade de negócios observada pela Tether surgiu com a dificuldade para transferir dinheiro transfronteiriço para o México
Hoje (26) a Tether, adicionou à sua lista de stablecoins, lançando seu token MXNT atrelado ao peso mexicano.
O token será inicialmente suportado nas blockchains Ethereum, Tron e Polyong, conforme informado pela empresa. O MXNT é a primeira incursão do Tether na América Latina e se junta às outras moedas atreladas da empresa, USDT (dólar americano), EURT (euro) e CNHT (Yuan da China).
México é “um local privilegiado para o próximo hub cripto latino-americano”, de acordo com a observação feita em um relatório da Triple A afirmando que 40% das empresas mexicanas estão interessadas em adotar blockchain e cripto de alguma forma.
- Veja também: A importância da tecnologia blockchain na saúde
Conforme disse o diretor de tecnologia da Tether, Paolo Ardoino:
Vimos um aumento no uso de criptomoedas na América Latina no último ano, o que deixou claro que precisamos expandir nossas ofertas
A empresa classifica esse esforço como um “campo de testes” na América Latina que espera “abrir o caminho” para mais tokens atrelados a fiat na região.
A empresa também observou a “oportunidade única” no México, graças ao fluxo multibilionário de remessas para aquele país e às dificuldades envolvidas nas transferências internas de dinheiro.
Em 2021, o México foi o terceiro maior destinatário de remessas em todo o mundo, depois da China e da Índia, com cidadãos que vivem no exterior enviando US$ 51,6 bilhões para o país, segundo o banco central mexicano.
A empresa em questão não é a primeira a notar o fenômeno das remessas mexicanas, que anteriormente chamou a atenção de grandes players de criptomoedas, incluindo Coinbase, Bitso e Circle. No início deste ano, a Coinbase (COIN) lançou um serviço de saque para converter pesos locais em criptomoedas em mais de 37.000 pontos de venda físicos e lojas de conveniência em todo o país.
Em novembro, a exchange de criptomoedas latino-americana Bitso fez parceria com a Circle para lançar um produto internacional de transferência eletrônica que permite que pequenas empresas e freelancers troquem seus dólares por stablecoins, os enviem para o México e depois sejam coletados em pesos. Um mês depois, em parceria com a Tribal, a Bitso também lançou uma opção de pagamento B2B transfronteiriço que permite às pequenas e médias empresas a conversão de pesos mexicanos para Stellar USDC.
Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future