Cerca de 5% dos tokens Monero em circulação foram minerados através de malwares

A altcoin Monero (XMR) tem mais de US$175 milhões em circulação como resultado de miners maliciosos introduzidos em dispositivos, o que corresponde a 5% das XMR disponíveis. A descoberta foi feita por meio de um pesquisador de segurança da Califórnia, ao investigar um aumento na tendência de mineração clandestina de forma geral.

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5% dos tokens Monero foram minerados por malwares

Durante as preparações para lançar a newsletter da companhia, chamada Unit 42, o pesquisador da Palo Alto Networks, Josh Grunzweig, postou The Rise of the Cryptocurrency Miners (A Ascensão dos Mineradores de Criptomoedas). Este é o esforço de Josh para documentar uma crescente tendência que teve início no ano passado, que é a mineração maliciosa. As investigações frequentes de Grunzweig sobre o tema fizeram com que ele fosse mais fundo em suas particularidades. Ele fez duas grandes descobertas: 1) a mineração maliciosa realmente cresceu, e tem relação direta com os picos de valor apresentados em 2017; 2) A 14ª maior criptomoeda em capitalização de mercado, Monero, teve US$175 milhões (5% do suprimento total) minerados através de atividades de mineração maliciosa.

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A Palo Alto Networks é uma companhia de cibersegurança negociada publicamente, focada em soluções de firewall. Sua receita no ano passado foi de US$2 bilhões, com um alcance global traduzido em 50 mil clientes em 150 países, empregando mais de 5 mil pessoas em todo o mundo.

Grunzweig extraiu um total de 2341 carteiras de Monero da amostra analisada, ele explicou.

“Diferente das outras criptomoedas, é impossível pedir que o blockchain Monero extraia o saldo de uma carteira sem a senha do proprietário. Este é o resultado de como o Monero foi originalmente designado. Desta forma, eu precisei utilizar uma metodologia diferente para determinar quanto dinheiro os invasores conseguiram minerar.”

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Polícia japonesa iniciou uma investigação envolvendo o Coinhive

Ele mencionou:

“Felizmente, além das carteiras, eu estava apto a determinar quais mining pools foram usadas nas tentativas de mineração. Observando as 10 maiores mining pools utilizadas por este malware, eu determinei que todas, menos uma, permitem a visualização anônima de estatísticas baseadas fora da carteira como um identificador. Essa visualização anônima é intencional, ao permitir que usuários conectem-se de forma anônima e utilizem várias mining pools sem colocar qualquer informação pessoal.”

Ele faz referência a um fato interessante, que o total de Monero minerado maliciosamente representa 5% de todo o suprimento em circulação no momento em que esta matéria foi redigida. Esse cálculo não leva em consideração os web miners de Monero, ou os miners dos quais não se tem visibilidade. Desta forma, podemos assumir que a porcentagem atual de Monero em circulação que foi minerada por meio de atividades maliciosas é maior.

Josh conclui sugerindo que a tendência maliciosa foi nivelada pela queda recente dos valores, ressaltando que está claro que tais atividades têm sido incrivelmente lucrativas para pessoas ou grupos que mineram criptomoedas por meio de técnicas maliciosas durante um longo período de tempo. Um total de US$175 milhões foi minerado por meio de atividades maliciosas, o que representa 5% dos tokens totais em circulação. As revelações foram trazidas pela pesquisa ao mesmo tempo em que a polícia japonesa anunciou que está investigando suspeitos de empregarem Coinhive, um script de mineração utilizado no Monero, focando em roubos semelhantes aos acima mencionados.

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Fonte: Bitcoin.com