FBI está trabalhando em 130 investigações relacionadas a criptomoedas

Embora o agente especial Kyle Armstrong tenha dito que o Federal Bureau of Investigation (FBI) vê as criptomoedas sob uma luz neutra, ele mencionou durante uma conferência que a agência atualmente está com 130 casos abertos relacionados a moedas virtuais.

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Armstrong fez suas afirmações durante a conferência Crypto Evolved, realizada em Nova York na última quarta-feira. Ele afirmou que estes casos são apenas uma “pequena parcela” da carga de trabalho do FBI, que totaliza milhares de casos.

Contudo, ele ressaltou que a agência observou um crescimento em ocorrências de criptomoedas sendo utilizadas como formas de pagamento em atividades ilegais, bem como vinculadas a esquemas de extorsão na fronteira sudoeste dos Estados Unidos. Armstrong afirmou que alguns casos associados com moedas digitais incluem crimes como tráfico de pessoas, venda ilegal de drogas, sequestros e ataques com ransomware.

Armstrong ressaltou ainda durante a conferência como os registros distribuídos do blockchain significam que os agentes têm um trabalho mais simples para rastrear moedas digitais em comparação com dinheiro fiat. Porém, ele afirmou que a natureza anônima de algumas transações pode ser um grande obstáculo para as investigações.

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Criptomoedas e criminalidade?

O debate sobre criptomoedas e sua conexão com o crime ao redor do mundo continua, à medida em que as moedas virtuais se tornam mais e mais populares. Um novo projeto de lei, recentemente aprovado na Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, empodera a Controladoria Geral da União com a capacidade de examinar como as criptomoedas facilitam o tráfico sexual e a venda ilegal de drogas.

Os autores do projeto de lei ressaltaram que a Administração do Combate às Drogas dos Estados Unidos afirmou em 2017, durante seu relatório anual de avaliação do fluxo de drogas dentro do país, como a crise dos opioides está sendo impulsionada por mercados online ilícitos e moedas digitais. Outros apontam que o uso de criptomoedas em casos de criminalidade, como financiamento de causas terroristas, são exagerados, tendo em vista a falta de locais que aceitam bitcoin e outras criptomoedas, especialmente quando se trata de comprar armas de alta capacidade ou quantidades massivas de suprimentos.

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FBI inclinando em combater o cibercrime

O FBI tem ficado cada vez mais interessado em combater casos de cibercrime que envolvam o uso de criptomoedas. O então diretor do FBI, Andrew McCabe, ressaltou em junho do ano passado como a agência estava tendo mais trabalho para conseguir informações digitais, principalmente quando se trata de casos onde traficantes de drogas utilizam moedas digitais para obscurecer suas transações.

A requisição de orçamento do FBI deste ano solicitou US$21 milhões de dólares e 80 novos funcionários, com o intuito de pesquisar sobre novas tecnologias que possam ajudar a combater o cibercrime. No início do ano passado, alguns agentes expressaram suas preocupações sobre moedas focadas em privacidade, como a Monero, pelo fato desta tecnologia poder afetar as investigações criminais.

Agências como o FBI também dependem do trabalho de startups de softwares para obter informações sobre transações de criptomoedas, bem como potenciais conexões com o mundo do crime. Entidades como a Blockchain Alliance ajudam as autoridades a listarem transações de moedas digitais para encontrar padrões. Uma vez que eles estejam aptos a vincularem carteiras com atividades criminosas, as organizações trabalham para rastrear o fluxo de dinheiro saído de redes de criptomoedas para contas bancárias.

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Fonte: CCN