Segurança blockchain: Conheça suas 3 principais vulnerabilidades
Afinal, não existe segurança absoluta na internet.
Quão segura é a tecnologia blockchain?
Apesar de as tecnologias blockchain, em linhas gerais, serem extremamente seguras, não existe algo 100% à prova de falhas no universo digital. Mesmo o Bitcoin, criptomoeda mais antiga da história, possui uma falha fundamental que nunca foi corrigida.
Conheça as três principais ameaças que os ecossistemas blockchain enfrentam:
Ataques de 51%
Esta é uma falha fundamental do Bitcoin e de grande parte dos projetos blockchain em funcionamento: ele pode ser executado quando um autor possui mais que 50% do poder de mineração da rede.
Nesse caso, o usuário poderá controlar o ecossistema e reverter transações – algo impossível de ser realizado por qualquer outro meio conhecido.
Projetos populares e com bastante liquidez costumam estar mais seguros deste tipo de ameaça; contudo, blockchains mais recentes e com poucas movimentações podem ser facilmente manipuladas por atores mal-intencionados.
Ataques Sybil
A vulnerabilidade é inspirada em Sybil Dorsett, uma mulher diagnosticada com Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI). Invasores criam inúmeras identidades falsas (nodes) em uma rede, superando o número total de identidades reais.
Tais identidades falsas podem recusar o recebimento ou o envio de blocos, o que gera um bloqueio na rede.
Caso o golpe seja bem-sucedido, os autores maliciosos podem controlar a maior parte do poder computacional do ecossistema e executar um ataque de 51%. Até o momento, não existe uma solução definitiva para esse tipo de ataque.
Ataques DDoS
Ataques Distribuídos de Negação de Serviço (DDoS) funcionam da seguinte forma: criminosos fazem uso de grande poder computacional para executar transações em massa na rede, sobrecarregando-a e, dependendo da dimensão do ataque, colocando-a fora do ar temporariamente.
Na “melhor” das hipóteses, a rede apresentará lentidão e intermitência. Esse incidente ocorreu inúmeras vezes na blockchain Solana (SOL).
Quedas forçadas podem causar falhas no registro de informações, congestionamento e abrir brechas para modificações no mecanismo de consenso.
Possíveis soluções
Ataques de 51% são altamente improváveis em criptomoedas populares devido à distribuição do poder de mineração. Porém, não existe uma correção definitiva para esse tipo de problema. Alguns desenvolvedores acreditam que a mudança no protocolo de consenso pode ser a solução.
Quanto mais poder computacional dedicado a uma rede, mais difícil é realizar um ataque Sybil. Plataformas centralizadas, por outro lado, podem prevenir esse tipo de ataque por meio de sistemas de verificação de identidade.
No caso de ataques DDoS, a forma mais eficaz de evitá-los é por meio da filtragem de transações: mecanismos de averiguação de transações potencialmente maliciosas podem dificultar bastante a vida de criminosos.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.