Coinbase culpa empresas cripto falidas por “má gestão de risco”
Executivos acreditam que muitos ficaram tentados pela bullrun do ano passado, mas esqueceram de tomar cuidados básicos.
Coinbase critica má gestão de risco
Em publicação postada hoje (20) em seu blog, executivos da Coinbase expuseram suas opiniões a respeito do alto número de firmas de criptomoedas que declararam falência recentemente.
Empresas como Three Arrows Capital (3AC) e Voyager Capital foram mencionadas pelos autores como “o reflexo de controles de risco insuficientes”. Ambas as companhias fazem parte de um esquema de “falência, reestruturação e falha”.
Além disso, a exchange afirma que os motivos relacionados à falência das empresas não tem a ver com o período de correção, e sim por problemas de crédito. Muitas delas estavam fazendo uso exagerado de alavancagem para melhorar seus ganhos; com isso, fortes movimentos de baixa levaram-nas ao colapso.
Explicações detalhadas
A Coinbase dá várias explicações sobre o colapso da Three Arrows Capital:
“Apostas sem hedge, grandes investimentos no ecossistema Terra e alavancagem maciça, fornecida e implementada pela 3AC, significam que o risco era muito alto e muito concentrado. Esses eventos são, infelizmente, mais comuns nos mercados financeiros tradicionais do que esperávamos.”
Os mercados tradicionais mencionados são a Longterm Capital, nos anos 1990, o Lehman Brothers, na década de 2000 e a Archegos Capital, em 2021. Ambos quebraram por conta de mau gerenciamento de riscos em mercados voláteis.
Para prevenir tais problemas, a Coinbase diz custodiar os ativos de seus usuários na proporção 1:1. Isso significa que, caso todos os clientes desejem sacar seus fundos ao mesmo tempo, terão liquidez garantida.
Além disso, afirmam exigir 100% ou mais em colateral como prática padrão em seus negócios, o que reduz as possibilidades de insolvência ou liquidação.
O autor: Rafael Motta
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.