Diretor do FMI não confia em stablecoins algorítmicas
Executivo acredita que moedas não lastreadas por meio de moedas fiduciárias representam uma grande ameaça a investidores.
FMI questiona stablecoins algorítmicas
Tobias Adrian, diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI), disse ao Yahoo que o mercado pode enfrentar novos problemas com a implementação de stablecoins algorítmicas.
Durante a entrevista, Adrian afirma que novos crashes podem acontecer em novas ofertas de passivos digitais:
“Podemos ver mais liquidações, tanto em criptoativos quanto em mercados de ativos arriscados, como ações… Outros que podem ter um crash.”
Supostas falhas
Adrian apontou “algumas vulnerabilidades” em certas stablecoins lastreadas no dólar americano, a exemplo do Tether (USDT). Ele afirma que o passivo digital em questão não é lastreado na proporção 1:1, contrariando a palavra da empresa por trás de sua emissão.
Além disso, defendeu uma regulamentação em escala global para garantir proteção aos investidores. Exchanges devem ser cobradas para que verifiquem as criptomoedas antes de negociá-las em suas respectivas plataformas.
O que são stablecoins?
Stablecoins são passivos digitais e seu valor é geralmente vinculado à cotação de uma moeda fiduciária específica, como o dólar americano.
No caso das stablecoins algorítmicas, elas usam criptomoedas como colateral (reserva de valor) em vez de moedas emitidas por bancos centrais.
O caso mais conhecido de colapso envolvendo stablecoin algorítmica é o TerraUSD (UST), que chegou ao fim devido a uma falha gravíssima no algoritmo desenvolvido pela Terraform Labs, empresa por trás da blockchain Terra (LUNA).
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.