A China apoia o Blockchain e Metaverso, como o projeto da Universidade HKUST, apesar de ter barrado as criptomoedas

Estudantes da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong em breve poderão ter aulas e interagir com colegas no metaverso depois que a universidade anunciou que está construindo cópias digitais de seus dois campi, conforme divulgado por The Block.

Os campi farão parte do MetaHKUST, um projeto liderado por dois dos professores da universidade, o líder do projeto MetaHKUST Wang Yang e o diretor do Centro de Metaverso e Criatividade Computacional Pan Hui.

Apresentando o roteiro em uma entrevista coletiva, a universidade explicou que o projeto visa consolidar todas as experiências físicas e virtuais na universidade sob o mesmo teto, pense em estudantes usando fones de ouvido VR em palestras mostrando dados e informações sobrepostos em objetos reais, ou ser capaz de participar de palestras em sala de aula em diferentes campi.

Alunos e professores poderão posteriormente gerar seus próprios avatares, NFTs, tokens e obras de arte para uso no metaverso. Eles também poderão receber seus diplomas e transcrições como NFTs.

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A universidade também se apoiará na tecnologia AR, que Hui descreveu como sendo atualmente principalmente de usuário único e apresentando restrições significativas em termos de tempo e localização.

Conforme dito por Hui:

O que estamos nos esforçando para alcançar aqui é a ampliação da tecnologia para lidar com ambientes de grande porte e experiências multiusuário massivas, o que não apenas representa um desafio principal de nossa visão físico-digital, mas também um fator chave que diferencia o MetaHKUST das iniciativas do metaverso de outros campi.

Ainda assim, há um segundo aspecto do projeto, o de aproximar os dois campi. Viajar entre a China e Hong Kong ainda é fortemente restrito devido ao Covid. Por meio das iniciativas da MetaHKUST, os alunos poderão participar de palestras e eventos que acontecem nos dois campi. O governo chinês está pressionando para que instituições como universidades estabeleçam maiores laços entre Hong Kong e o continente, principalmente após os protestos generalizados em Hong Kong contra o domínio chinês.

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Com grande parte do trabalho da MetaHKUST acontecendo no novo campus de Guangzhou, também faz parte do crescente interesse na China em torno da tecnologia blockchain e metaverso. Apesar da proibição de criptomoedas, o metaverso atraiu interesse e apoio tanto em nível provincial quanto nacional.

Até mesmo os gigantes tecnológicos da China, que têm sido criticados pelos reguladores nos últimos dois anos, estão se envolvendo cautelosamente em projetos de metaverso. Pony Ma, CEO da Tencent, gigante de mídia social e jogos da China, disse em uma teleconferência de resultados de novembro que considerava o metaverso uma oportunidade. Os proprietários do TikTok ByteDance, Alibaba, NetEase e Baidu também sinalizaram interesse no metaverso. Este último já lançou uma versão inicial de seu próprio aplicativo metaverso, XiRang, em dezembro.