Piloto do cartel de Pablo Escobar tentou tirar “Faraó do Bitcoin” do país
Glaidson Acácio se aliou ao comparsa do famoso narcotraficante para levar o esquema fraudulento aos Estados Unidos
O esquema de fuga do “Faraó do Bitcoin”
Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como “Faraó do Bitcoin” por conta de seu esquema multimilionário envolvendo criptomoedas, buscou um piloto que comandou o transporte de drogas do cartel de Pablo Escobar, famoso traficante colombiano. As informações são do Globo.
Na manhã de hoje (11), a Polícia Federal (PF) cumpriu novo mandado de prisão contra o golpista e outros quatro supostos comparsas; trata-se da quarta fase da Operação Kryptos, intitulada “Flyer One” (em referência ao primeiro avião dos irmãos Wright).
Como o embuste foi articulado?
De acordo com a polícia, Glaidson e o piloto participaram de “fraudes bilionárias” no Brasil e no exterior. Para escapar das grades, o piloto, que já tem passagem pela cadeia, usou um passaporte falso para sair do país e abriu empresa nos EUA para dar forma ao esquema.
Para esconder as fraudes, o comparsa de Escobar fez uso de documentos falsos que justificariam as transações realizadas em sua empresa de fachada. Os pagamentos eram realizados a Glaidson por meio de stablecoins, que são passivos digitais lastreados em moeda fiduciária.
A polícia não divulgou o nome do piloto. Porém, a pedido de Glaidson, ele “foi o responsável por viabilizar a documentação necessária à estada dos líderes da organização criminosa no país americano, bem como por satisfazer uma série de desejos pessoais”.
O avião estava em nome da filha do piloto e, durante a operação policial, foram apreendidos 10 veículos de luxo, avaliados em cerca de US$ 6 milhões.
Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.