Wells Fargo requer patente visando desenvolver um sistema para tokenizar dados sensíveis
A instituição financeira multinacional requereu uma patente para desenvolver um sistema, bem como métodos, para gerenciar um manifesto de tokenização.
Leia mais: Primeiros palpites nos mercados de previsão da Augur compensaram
Wells Fargo odeia criptomoedas, não a tecnologia por trás delas
O banco localizado em São Francisco nem sempre foi tão gentil com criptomoedas. No mês passado, a instituição estava banindo consumidores que comprassem ativos digitais utilizando seus cartões de crédito, por exemplo. À época, um representante do banco explicou que a decisão estava de acordo com a prática da indústria.
Se voltarmos mais no tempo, é possível que você se lembre da Bitfinex processando a Wells Fargo por embargar transferências bancárias. Em seu processo, a exchange declarou que o banco não prevenia os clientes de enviarem dinheiro para a Bitfinex, apenas o contrário.
Embora o banco seja contra criptomoedas, ele reconhece os benefícios da tecnologia por trás delas, assim como outras instituições. Sua patente descreve um sistema capaz de tokenizar informações, a fim de processá-las de forma segura.
Leia mais: Pesquisa sobre cibersegurança revela que exchanges podem ser invadidas com um esforço mínimo
Usuários poderão escolher o que querem tokenizar
A Wells Fargo expõe um método através do qual um valor pode ser substituído por um token com estrutura semelhante. Por exemplo, se um token é usado como proxy para o número de uma conta bancária, ele terá o mesmo tamanho numérico do valor protegido. Em teoria, isso permitiria que sistemas de pagamento processassem tokens como se fossem dados reais, protegendo as informações dos clientes.
A patente também detalha um hipotético Fornecedor de Serviços de Tokenização (TSP), responsável por lidar com os requerimentos de tokenização de informação e subsequente destokenização. A Wells Fargo acrescenta que dados podem ter mais de um token associado a eles, dependendo do propósito.
Este método poderá tokenizar todo tipo de mídia, incluindo texto, áudio, vídeo ou imagens. No documento, o banco explica que o detentor de um conteúdo poderá abrir um arquivo e selecionar os elementos que ele deseja tokenizar, ficando tais elementos disponíveis apenas até que o usuário autorizado os acessasse. Colocando de forma simples, um usuário poderá selecionar frases ou palavras em um arquivo, uma porção de uma foto, ou apenas uma parte de um áudio.
A Wells Fargo se juntou a outras gigantes do ramo financeiro que estão coletando patentes relacionadas com criptomoedas. Por exemplo, a Mastercard obteve uma patente para ligar criptomoedas com contas fiat — permitindo que o usuário possua contas para moedas cripto e fiat sob um mesmo cadastro.
O vice-presidente de comunicações da Mastercard, Seth Eisen, foi muito claro sobre a posição da companhia em relação às suas patentes vinculadas a blockchain — elas podem, ou não, ganhar vida. A Wells Fargo seguirá tal pensamento, ou trabalhará para levar este sistema aos seus clientes?
Leia mais: Binance está apoiando a primeira bolsa de valores descentralizada de Malta
Fonte: CCN