Mike Novogratz: “EOS deve processar 50 mil transações por segundo dentro de alguns meses”
Michael Novogratz, ex-gerente de fundo de cobertura e fundador da Galaxy Digital, falou sobre as aplicações comerciais da plataforma EOS em uma recente entrevista. Ele também falou sobre o estado atual dos investidores institucionais no mercado, e a participação dos mesmos em fundos de cobertura.
A Galaxy Digital LP de Novogratz se aliou à Block.one, companhia por trás da EOSIO. Quando perguntado sobre a EOS em uma entrevista concedida ao TheStreet, ele falou sobre o algorítimo de consenso da EOS. O algorítimo em questão segue o modelo Proof of Stake delegado (DPoS), onde um grupo de 20 agentes estão encarregados de produzirem blocos.
Devido ao fato destas 20 entidades possuírem uma ampla capacidade de processamento, o blockchain EOS será mais rápido, declarou Novogratz. Recentemente, relatos emergiram sobre a EOS ter atingido uma velocidade de transação de 2800 transações/segundo. Ele afirmou:
“Pelo fato de serem apenas vinte, e estas vinte entidades possuírem uma grande capacidade de processamento, o blockchain EOS será muito, muito, muito mais rápido do que outros blockchains. Ele já está realizando 5 mil transações por segundo. Em alguns meses, ele deve processar 50 mil transações por segundo.”
Ele falou sobre os detratores da EOS, que criticam a rede por não ser descentralizada. No mês passado, 21 produtores de bloco da plataforma decidiram de forma unânime em congelar sete contas da EOS, suspeitas de guardarem fundos roubados. A ação foi seguida por uma série de críticas da comunidade das criptomoedas. Novogratz declarou:
“Críticos da EOS afirmam que ela não é suficientemente descentralizada, e esse é um debate justo, do qual você pode participar. EOS é o primeiro blockchain onde aplicações comerciais podem ser construídas e experimentadas. Muitas pessoas veem isso como algo atrativo.”
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Novogratz também falou recentemente durante a Blockchain Week, realizada na Coreia do Sul, onde ele declarou que “um rebanho de investidores institucionais” está se direcionando para o mercado das criptomoedas. Ele explicou sua declaração, afirmando:
“Eu acredito que investidores institucionais estão percebendo aos poucos que o blockchain será a internet 3.0, e eles querem participar, da mesma forma como participaram na primeira versão.”
Ele disse ainda que o primeiro passo em direção à participação no mercado se dá através de fundos de cobertura. Fundos como Sequoia Capital, Polychain Capital e Benchmark Capital são as fontes atuais de participação para investidores institucionais.
O segundo passo, de acordo com Novogratz, é comprar novas moedas em ICOs, o que já está sendo conduzido por meio de investimentos realizados por empresas de capital de risco. Ele também mencionou o envolvimento de grandes empresas, como SoftBank, SBI Holdings em Tóquio, além de múltiplos fundos da esfera chinesa.
Quando perguntado sobre os consumidores, ele declarou que os usuários não se importam com a “fiação por trás do palco”. Novogratz declarou:
“É assim como a televisão, que você liga e assiste. Eu acredito que blockchain, a nível de arquitetura, é uma infraestrutura com a qual muitas pessoas não se importam, desde que esteja funcionando propriamente.”
Novogratz reiterou a declaração feita por Cory Johnson, chefe de estratégias de marketing da Ripple, que declarou:
“Não há muita atividade B2C [Business to Consumer] na esfera, todos os consumidores só querem ver trocas de criptos e ativos digitais. Eu não acredito que eles querem ver a tecnologia por trás disso.”
Fonte: AMBCrypto