Taxa de sobrevivência dos projetos pós-ICO é de 44%, aponta estudo
Um novo estudo publicado pela Boston College Carroll School of Management definiu ser de 44% a taxa de sobrevivência das startups de criptomoedas após a fase de ICO.
Liderado pelos professores Leonard Kostovetsky e Hugo Benedetti, o estudo examinou mais de 4 mil ICOs, que angariaram um total de US$12 bilhões em capital entre janeiro de 2017 e março de 2018, contendo interessantes pontos de vista.
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Números gerais
Utilizando dados obtidos por meio das fontes ICOdata, ICOdrops, ICObench, ICOrating e ICOcheck, o estudo determinou que ofertas inicias de moeda são geralmente e significativamente sob avaliadas, pois o mercado das ICOs ainda é imaturo. Como resultado, a taxa média de retorno desde a venda de tokens até a abertura para o mercado é de 179%, após segurar o token por 16 dias.
A pesquisa também descobriu que US$11,5 milhões é a quantia média angariada em uma ICO bem sucedida, embora este número seja distorcido pelas “mega ICOs”. Um cenário mais preciso sobre a média angariada também é tratado no relatório, refletindo na quantia de US$3,8 milhões.
Apenas 48% das ICOs incluídas no estudo declararam valores acima de zero. Dos 52% restantes, alguns projetos levantaram capital e continuaram com o projeto sem declarar quanto obtiveram, e alguns angariaram capital sem atingir o softcap, retornando os fundos para os investidores. Outras eram golpes promovidos por pessoas que roubaram as quantias obtidas, e o restante eram vendas de tokens anunciadas, mas que nunca ocorreram.
Relação com o Twitter
Um ponto de vista interessante foi revelado pelo estudo, que trata sobre a existência de um vínculo direto entre o nível de atividade de uma ICO no Twitter e sua probabilidade de sucesso. Segundo os dados, o tempo médio entre a ativação da conta de uma ICO no Twitter e a data de início da venda de tokens é oito meses.
Uma comparação entre o tempo de exposição no Twitter e o sucesso da ICO mostra uma ligeira correlação entre um tempo de atividade maior no Twitter e uma venda de tokens bem sucedida. As ICOs listadas tiveram uma idade média no Twitter de 9,4 meses. Os dados também mostram uma forte correlação entre atividades regulares no Twitter durante e após uma ICO, e o montante angariado por ela. Contudo, os pesquisadores apontaram que, apesar de ser uma correlação, ela necessariamente não indica uma causa.
Notadamente, o estudo mostra que ICOs sem atividade no Twitter cinco meses após encerrarem a venda de tokens têm uma taxa de falha de 100%. Em outras palavras, o nível de atividade de uma ICO em seu Twitter oficial após a venda de tokens é um bom indicador para medir a saúde de uma ICO. Utilizando este método, os autores do estudo determinaram que a taxa de sobrevivência destas startups após 120 dias é de 44,2%.
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Fonte: CCN