Hack da Ronin: US$ 625 milhões roubados estão na rede do Bitcoin

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Empresas estão tentando rastrear os fundos roubados durante o golpe contra a Ronin. Imagem: Reprodução

Empresa de segurança divulgou relatório sobre o paradeiro atual dos fundos

Atualização

De acordo com a BliteZero, empresa de cibersegurança blockchain, os hackers responsáveis pelo ataque contra a Ronin, carteira cripto de Axie Infinity, transferiram os ativos da rede Ethereum para a rede Bitcoin.

Por meio da Uniswap ou da 1inch, os hackers converteram o saldo em renBTC, uma versão do Bitcoin que roda na rede Ethereum. O ativo em questão é capaz de transportar valor entre blockchains distintas, o que permitiu que os criminosos transferissem facilmente seu saldo.

Desde o incidente, ocorrido no dia 23 de março, a SlowMist tem trabalhado pesadamente para tentar monitorar as transações realizadas com os fundos roubados.

Sobre o ataque à Ronin

Acredita-se que o Lazarus Group, divisão hacker norte-coreana, estaria envolvido no embuste. Apenas uma pequena parcela do saldo (6.249 ETH) teria sido encaminhada a exchanges centralizadas (CEX).

A maior parte do saldo foi enviada à Huobi (5.028 ETH); o restante foi encaminhado à FTX (1.219 ETH).

Todos os ativos em questão foram convertidos em Bitcoin (BTC) por meio das CEX. No dia 6 de maio, os hackers enviaram 439 BTC (US$ 20 milhões) à Blender, plataforma de mixagem de criptomoedas.

Segundo os pesquisadores, boa parte dos endereços sancionados são endereços de depósito da Blender. Eles foram utilizados pelos criminosos para ocultar patrimônio.

Foto de Rafael Motta
Foto de Rafael Motta O autor:

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.