Economista de Yale: todo portfólio deve contar com criptomoedas
O economista de Yale, Aleh Tsyvinski, que já leciona na prestigiosa universidade durante anos, afirmou que todo investidor que acredita no potencial do Bitcoin deve investir, pelo menos, 6% de suas posses em criptomoedas.
“Se você, como investidor, acredita que o Bitcoin se sairá tão bem quanto na última alta, então você deveria investir pelo menos 6% do seu portfólio em Bitcoin. Se você acredita que ele atingirá metade do potencial, então você deve investir 4%. Em todas as outras circunstâncias, se você acha que ela se sairá pior do que o esperado, então você deveria investir 1%,” afirmou Tsyvinski durante uma entrevista com o candidato a PhD em Yale, Yukun Liu.
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Bilionários aplicam método semelhante
Em uma entrevista concedida à CNBC no mês passado, Marc Lasry, o bilionário co-fundador do Avenue Capital Group, cujo patrimônio está estimado em cerca de US$1,68 bilhões, chocou os integrantes do programa Fast Money ao revelar que ele investiu mais de 1% das suas posses em criptomoedas.
Tendo em vista o seu patrimônio líquido, 1% das posses de Lasry equivalem a US$16,8 milhões, investidos em criptomoedas como Bitcoin e Ether.
Lasry afirmou:
“Eu não diria que Bitcoin é completamente especulativa, mas ela é até certo ponto. É cerca de 1%, e eu investi em Bitcoin há alguns anos. Eu comprei muito mais no ano passado, quando provavelmente a média de valor estava entre US$5 mil e US$7500.”
Alguns investidores bilionários, como Mike Novogratz da Galaxy Digital e o fundador do PayPal, Peter Thiel, alocaram uma quantia significativa de suas posses em criptomoedas e, notadamente, Novogratz investiu uma quantia substancial de suas posses pessoais em outras grandes criptomoedas, como EOS.
Tsyvinski enfatizou que todo investidor que acredita em Bitcoin ou criptomoedas como uma classe de ativo que prosperará e tem o potencial de mostrar ganhos semelhantes a longo prazo, deve possuir, pelo menos, 1% de suas posses em criptomoedas.
Atualmente, o mercado das criptomoedas permanece em sua infância, sem o envolvimento de grandes investidores institucionais. Soluções de custódia, como a Coinbase Custody, emergiram no mês passado, embora analistas esperem que pelo menos de três a seis meses serão necessários para que investidores institucionais se comprometam com o mercado das criptomoedas.
ETFs de Bitcoin, que os investidores cogitam impactar significativamente na liquidez de moedas digitais, especialmente no caso de atingirem os mercados estadunidenses, não chegarão até fevereiro de 2019.
Em consideração a todos estes fatores, bem como em relação às últimas performances do BTC em 2015 e 2017, economistas acreditam que investidores devem manter uma pequena porção de suas posses em criptomoedas, como uma aposta em sua sustentabilidade e em seu mercado nascente.
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Performances anteriores não garantem o futuro
Um engano comum que os investidores cometem é que as performances anteriores são uma garantia de valorização futura.
“Claro, é preciso lembrar que, assim como ocorre com outros ativos, performances anteriores não garantem retornos futuros. Talvez as criptomoedas mudarão completamente seu comportamento mas, atualmente, o mercado não acredita que irá,” enfatizou Tsyvinski.
Consequentemente, esperar que o valor de um token chegue a 0,005 BTC pelo fato de ter atingido essa marca durante dezembro de 2017 é ilógico, uma vez que o desempenho dos ativos digitais variam de acordo com as condições do mercado.
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Fonte: CCN