Cingapura irá banir empréstimos em criptomoedas
Cingapura quer regulamentar as criptomoedas, mas quer banir os empréstimos em cripto através dos cartões de créditos
Os planos de adicionar criptomoedas aos cartões de crédito impressionaram a comunidade. Com essa iniciativa, os usuários podem acessar com facilidades de crédito em criptomoedas para pagamentos ou outras atividades. Um cartão de crédito é um dos meios mais rápidos de acessar dinheiro para pagamentos. Muitos países operam uma economia sem dinheiro em que reinam os cartões de débito e crédito.
Mas, de acordo com um novo relatório, a Autoridade Monetária de Cingapura pretende impedir tais oportunidades. A razão por trás da decisão é o crash da Three Arrows Capital, ou 3AC, como popularmente chamado. O fundo de hedge cripto, com sede em Cingapura, pediu falência, causando perdas terríveis e muitos eventos negativos.
Banco Central de Cingapura divulga dois documentos sobre regulamentação de criptomoedas
O Banco divulgou dois documentos de consulta no plano para regular melhor as criptomoedas. Os documentos propõem como DPTSPs (provedores de serviços de token de pagamento digital) e emissores de stablecoin devem operar sob a “Lei de Serviços de Pagamento”.
O Banco publicou os documentos para reduzir os riscos do consumidor ao se envolver no comércio de criptomoedas. Os documentos também visam melhorar a forma como as transações de stablecoin ocorrem.
O primeiro documento contém as propostas do banco para orientar como funcionam os serviços de DPT e outros serviços que envolvem as principais moedas, como BTC, XRP e Ethereum. A diretriz reitera que a alavancagem ou facilidade de crédito na negociação de DPTs levaria a perdas mais significativas do que o investimento do usuário.
Portanto, a seção 3.20 do artigo mostra a proposta do MAS de proibir os DPTSPs de oferecer facilidades de crédito a clientes de varejo em criptomoedas e fiat. Além disso, a MAS insiste que os provedores de serviços de criptomoeda parem de aceitar depósitos com cartão de crédito em troca de seus serviços.
Mais importante, a MAS sugere que os DPTSPs devem manter os ativos de seus clientes diferentes dos deles. Com isso, eles podem manter esses ativos para seus clientes em vez de repetir a falha do 3AC em junho.
Mas se os provedores não quiserem manter os ativos separadamente, eles podem realizar testes para identificar o nível de conhecimento que seus clientes têm sobre os riscos de investimento em criptomoedas.
Disposições do Segundo Documento
O segundo artigo se concentrou em emissores de stablecoin em Cingapura. Ele delineou alguns requisitos que eles devem cumprir para operar no país.
A seção 4.21 do documento MAS, propõe que os emissores parem de emprestar ou apostar em stablecoins atreladas a uma moeda única (SCS) e emprestar outros ativos criptos.
Outra proposta significativa é exigir uma base de capital mínima de US$ 1 milhão ou 50% das despesas operacionais anuais do emissor de SCS. A MAS afirmou que o SCS deve sempre deter esse capital, incluindo ativos líquidos.
Depois de divulgar os documentos, o MAS abriu espaço para comentários até 21 de dezembro de 2022. Assim, a comunidade cripto de Cingapura pode reagir às propostas.
O desenvolvimento mais recente pode não agradar a muitos operadores. Mas o MAS visa proteger os interesses e o capital dos investidores devido à recente tendência de quebras, liquidações e perdas.
Formado em Administração de Empresas, sou entusiasta da tecnologia e fascinado pelo mundo das criptomoedas, me aventuro no mundo do trade, sendo um eterno aluno. Bitcoin: The money of the future