Bitcoin: Perspectivas para 2023
Muitos investidores já estão tratado o Bitcoin como uma reserva de valor, inclusive, também, como forma de serem menos afetados pela inflação. E alguns países até estudam ter a principal criptomoeda como “moeda corrente”.
Desde o início de 2018, o mercado de criptomoedas sofreu uma queda significativa. A principal moeda virtual, o Bitcoin, perdeu mais da metade do seu valor desde o seu pico em dezembro de 2017. Outras moedas virtuais também sofreram grandes perdas. Como resultado, muitos investidores estão se perguntando se a bolha das criptomoedas está finalmente estourando.
O Bitcoin pode ser considerado uma reserva de valor?
O Bitcoin é uma moeda digital criada em 2009. A moeda é descentralizada, ou seja, não há um banco central que a emita. A moeda pode ser usada para comprar produtos e serviços, mas também pode ser considerada um investimento. Nos últimos anos, o Bitcoin tem se valorizado muito e atraído muitos investidores. No entanto, a moeda ainda é muito volátil e não é regulamentada pelo governo.
Ainda assim, o Bitcoin vem sendo adotado como opção de investimento. Junto da adoção, vem a valorização da principal criptomoeda do mundo, que já superou a marca de US$ 1 trilhão em capitalização de mercado em pouco mais de 12 anos de existência e acumula uma alta de mais de 250% nos últimos 12 meses, superando recentemente o topo histórico tanto em reais quanto em dólares.
Criado para não ser controlado, a ideia central foi dar ao Bitcoin características semelhantes às moedas tradicionais, como real e dólar, porém com algumas diferenças fundamentais: não ser um bem físico, não ser controlado por ninguém (descentralizado) e ser finito.
Desta forma, na teoria, essas características dão ao Bitcoin o poder de ser, por exemplo, considerado uma reserva de valor, no quesito de manter valor e não depreciar, algo semelhante ao que encontramos em metais preciosos como o ouro. Isso porque governos podem até emitir mais dinheiro via impressão de moeda fiduciária, mas não conseguem criar mais ouro.
A recuperação do Bitcoin nas últimas semanas
O mercado de criptomoedas opera em campo negativo, mas ainda mantendo patamar de recuperação observado ontem. Na semana, o Bitcoin, que é a principal criptomoeda em valor de mercado, ganha pouco mais de 2%, após oscilações nos últimos dias.
Na semana, as criptomoedas acompanharam o desempenho positivo das bolsas de Nova York. O maior impulso veio das ações de tecnologia, com o índice Nasdaq, ao qual as criptos estão correlacionadas, fechando em alta de mais de 2%, revertendo o cenário mais pessimista dos últimos pregões. O Bitcoin chegou a avançar mais de 2%, ultrapassando o patamar dos US$ 18 mil.
Nos últimos dias, as criptos foram menos afetadas pelo desempenho de Nova York, que registrou forte queda dos índices. O S&P 500 caiu 0,73%, somando variação negativa de 3,37%. O Nasdaq tem desvalorização na semana de 4%. Ainda assim, o bitcoin se mantém no recente patamar de US$ 18 mil.
Em um cenário macroeconômico, o radar está sobre a próxima reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que se reúne na terça e quarta-feira da próxima semana. A expectativa dos agentes de mercado, a partir de declarações do presidente do órgão, Jerome Powell, na semana passada, era de um afrouxamento do aperto monetário, mas dados do mercado de trabalho do país trouxeram incertezas em relação a esse movimento.
Perspectivas para 2023
De acordo com analistas financeiros, o Bitcoin terá uma recuperação difícil a partir do ano que vem. A Huobi Research diz que a recuperação vai começar apenas depois do primeiro trimestre de 2023.
Entretanto, até lá o valor das criptomoedas continuará caindo. Atualmente, o preço à vista das moedas digitais é maior do que o seu valor futuro. O que indica que o setor ainda está passando por uma crise.
No próximo ano, o Ethereum dará continuidade às suas atualizações, o que também pode atrair atenção para a cripto. Em resumo, as mudanças deixarão a rede mais escalável (com força para suportar o aumento das transações) e com maior capacidade para armazenar dados.
No longo prazo, no entanto, acreditamos que tanto BTC como ETH têm um caminho “promissor”, especialmente o Ethereum, que reduziu substancialmente a emissão de novas criptos após a última atualização. Continuamos animados com as duas criptomoedas, e achamos que o futuro continua sendo brilhante. Nada mudou fundamentalmente, nem mesmo com o caso da FTX, que foi um problema com uma entidade centralizada, e não teve nada a ver com a tecnologia Bitcoin, Ethereum ou Blockchain.
Escritor, Compositor e Poeta, não necessariamente nesta ordem. Fissurado em Sci-fi e SteamPunk. Estudando e conhecendo as fascinantes redes Blockchain.