Caixas eletrônicos de Bitcoin são alvo de novo malware vendido no mercado negro

ATMs de Bitcoin são alvo de novo malware

Um novo malware direcionado aos ATMs de Bitcoin está sendo vendido no mercado negro, segundo os pesquisadores da Trend Micro. Por US$25 mil, o malware explora uma vulnerabilidade no serviço, permitindo aos usuários roubarem o equivalente ao valor do bitcoin em euro, dólar ou libras.

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Por US$25 mil você pode comprar um malware

O pesquisador de ameaças sênior da Trend Micro, Fernando Mercês, explicou:

“Diferente dos ATMs normais, não há um esquema de verificação ou padrões de segurança para ATMs de Bitcoin. Por exemplo, em vez de requerer um cartão de crédito ou débito para realizar transações, um ATM de Bitcoin envolve o uso de números de telefone e cartões de identificação para verificar a identidade do usuário.”

Ele prossegue:

“O usuário então deve colocar o endereço de sua carteira, ou escanear seu código QR. As carteiras utilizadas para armazenar moedas digitais não são padronizadas também, e geralmente são baixadas em lojas de aplicativos, representando outro problema de segurança.”

As criptomoedas são compradas por meio de cartões pré-pagos da Near-Field Communication, Europay, Visa e Mastercard, vendidos aos compradores do malware.

Os ATMs da maior criptomoeda do mercado já ultrapassaram a marca de 3500 mundialmente e, claro, o malware não tem fronteiras. Esta ramificação particular está limitada às línguas alemã, inglesa e russa. Essas línguas correspondem a onde os ATMs de Bitcoin estão aglomerados, tendo em vista que os dispositivos não são distribuídos de forma igual.

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Popularidade dos ATMs de Bitcoin atrai atenção de criminosos

A adoção nas nações que adotam a língua alemã se traduz em 150 dispositivos em 30 localidades. Para aqueles que falam russo e residem na Rússia e na Ucrânia, mais de 48 localidades possuem estas máquinas, às quais o malware é uma ameaça em potencial. Os países que falam inglês são os alvos mais ricos, uma vez que Reino Unido e Estados Unidos possuem mais de 2300 ATMs de Bitcoin – 171 e 2166, respectivamente.

Pesquisadores ressaltam a necessidade de padronização, sendo a ausência desta fator um dos maiores problemas relacionados à segurança dos ATMs de Bitcoin. A Trend Micro alega que os vendedores do malware já receberam mais de 100 avaliações, o que quer dizer que a informação está se espalhando. Os vendedores têm buscado abertamente criar um sistema de participação entre os conspiradores, oferecendo algo parecido a um esquema de compartilhamento de receita.

A Trend Micro concluiu:

“Enquanto houver a possibilidade de ganhar dinheiro — e há uma quantidade de dinheiro considerável nas criptomoedas — cibercriminosos continuarão a desenvolver ferramentas e expandir para novos ‘mercados’ lucrativos. À medida em que cresce o número de caixas eletrônicos de Bitcoin, nós podemos esperar para ver mais formas de malwares direcionados a estes dispositivos no futuro.”

Fonte: Bitcoin.com