A cada 4 vítimas fatais do COVID-19, uma não está no grupo de risco
Dados são do boletim oficial do Ministério da Saúde, posteriormente divulgados e discutidos pelo jornal EXTRA
Conforme o tempo vai passando e novas pesquisas sobre o COVID-19 vão surgindo, cada vez mais informações sobre a doença acabam se tornando de conhecimento público. A novidade do momento é a triste estatística ligada às vítimas fatais do coronavírus.
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, 25% das vítimas fatais do COVID-19 estão abaixo dos 60 anos de idade. Além disso, 26% dos óbitos são relacionados a pessoas sem comorbidades (como hipertensão, diabetes e câncer).
Esses dados reforçam ainda mais a ideia de que uma quarentena vertical dificilmente teria êxito. Trata-se de uma situação que pode gerar óbito em qualquer tipo de pessoa, mesmo que com menores chances.
COVID-19 nos estados
Durante a redação desse texto o Brasil já soma 1.328 mortes decorrentes da doença. Enquanto países como Estados Unidos, China e Espanha estão vendo uma redução no número de mortes (a China por sinal já chega ao terceiro dia seguido sem mortes),o Brasil enfrenta uma curva ascendente.
Conforme explica a microbiologista Laura Freitas em entrevista à revista Veja, o número de casos de COVID-19 tem aumentado nos grandes centros, principalmente em regiões de favelas e periferias:
“O número de casos aumenta quando a doença passa a ter uma fase comunitária e sua disseminação não é mais restrita aos que se contaminaram no exterior. As favelas, por reunirem muitas pessoas em casas com poucos cômodos e mal ventiladas, se tornam um possível foco de contaminação. Outro fator que pode impactar é a questão nutricional, uma vez que pessoas bem alimentadas conseguem manter o sistema imunológico funcionando normalmente.”
São Paulo segue como o estado mais atingido pela pandemia, com 8.895 casos confirmados e mais de 600 mortos. Isso equivale a mais da metade do número registrado em todo o Brasil. Rio de Janeiro e Pernambuco completam a lista dos estados mais atingidos pela doença.
Em estados como o Espírito Santo o aumento no número de casos está sendo acompanhado de perto pelas autoridades. O crescimento da disseminação da doença foi confirmado pelo governador do Estado, Renato Casagrande. O que preocupa ainda mais é o assustador número de 1 infectado a cada 4 testes realizados no estado.
Máscaras, álcool gel e isolamento social são mais essenciais do que nunca.