A meta da NULS na crise de segurança alimentar de Singapura

Um sistema de rastreamento de comida baseado em nuvem desenvolvido na blockchain firmou parceria com a Agência Alimentar de Singapura — e tem planos ousados para construir um sistema que lide com a “contínua crise de segurança alimentar que assola o sudeste asiático.”

A VeriTAG, com grande parcela de participação da NULS, disse que espera corrigir “áreas com problemas críticos” na cadeia de suprimentos de Singapura. A importância em fazer isso é evidente, já que Singapura importa 90% de seus alimentos.

cingapura
Singapura rejeita grande parte de seus alimentos importados por não atingirem padrões de segurança (Imagem: Pixabay/Jason Goh)

Além do mais, parece que algo está bem errado atualmente. Os números mostram que a Agência Alimentar de Singapura continuamente encontra produtos que estão abaixo dos padrões industriais. No período entre abril e dezembro de 2019, 13% das frutas e vegetais que foram inspecionados por esse órgão do governo foram reprovados em testes de qualidade devido a “resíduos químicos de pesticidas extremamente altos”. Durante o mesmo período, também foram relatados problemas com carnes.

De acordo com a veriTAG, a baixa qualidade das importações sugere que há uma quebra na cadeia de suprimentos. A blockchain rapidamente cultivou uma fama de entregar melhorias — e a empresa acredita que tal tecnologia possa ajudar a obter uma tão necessária transparência.

O CEO e fundador da VeriTAG, Jason Lim, foi claro quando descreveu o quão crítico esse problema é.

“A segurança alimentar não é uma questão que atinja somente o cultivo ou a produção dos alimentos”, ele disse em um comunicado no último dia 27 de agosto. “É um problema que afeta a todos”.

Como Funciona

A infraestrutura da VeriTAG foi desenvolvida usando a blockchain da NULS. A oferta da empresa apresenta dois elementos diferentes.

O primeiro é o veriHUB, que foca na exportação dos alimentos, enquanto o Segundo é o veriSHOP, que é descrito como um programa de fidelidade habilitado via blockchain. Coletivamente, o objetivo é entregar “transparência de ponta a ponta, desde a produção dos alimentos até os pontos de venda”.

nuls veritag

Ao contrário de outras plataformas de rastreamento de alimentos, que se baseiam na ideia de que os compradores precisarão de pouco incentivo para ler um código QR e descobrir de onde vêm seus produtos, a empresa pretende incentivar os clientes a levarem a sério a questão da segurança alimentar. As pessoas poderão baixar um app e, a cada vez que esse programa for usado para verificar a procedência de um item através do escaneamento de uma etiqueta, eles receberão alguns tokens. Esses tokens, posteriormente, poderão ser trocados por moedas NULS e, na sequência, convertidos para a moeda fiduciária de Cingapura.

O bom impacto causado pela Blockchain

Tudo isso pode parecer complicado — especialmente para um consumidor que nunca tenha ouvido falar antes de blockchain e criptomoedas. Porém, inserir o elemento de dinheiro grátis no cenário da segurança alimentar é uma forma atraente para chamar a atenção das pessoas a encararem com seriedade sua saúde e bem-estar, além de evitarem itens que possam adoecer a elas mesmas ou seus familiares.

A infraestrutura da VeriTAG está configurada para se tornar mais conhecida por toda Singapura em um futuro breve. Parcerias já têm sido fechadas com revendedores de forma que o programa de fidelidade possa ser implementado por todo o setor de bebidas e alimentos da cidade-estado, bem como em seu mercado varejista.

Estamos animados em desempenhar um papel em uma iniciativa de tamanho impacto,” disse Mario Blacutt, desenvolvedor da NULS. “Essa parceria demonstra que a tecnologia blockchain pode verdadeiramente ser um canal para o bem social e mostra a ampla gama de casos de uso corporativos”.

Modernizando a cadeia de suprimentos

Atualmente, o processo pode ser muito disruptiva quando os produtos falham ao passar nas inspeções da Agência Alimentar de Singapura, especialmente quando consideramos que a blockchain permite que esses problemas sejam identificados bem no início da cadeia de suprimentos.

Quando uma entrega é inadequada, toda a remessa é rejeitada — e os importadores são avisados para acertar as coisas com seus fornecedores em outros países. Aqueles que ilegalmente importarem alimentos podem encarar uma multa de 50.000 dólares de Singapura (por volta de 36.600 USD) e até prisão por até dois anos na mais flagrante das circunstâncias.

Tudo isso pode resultar em comida boa sendo jogada for a juntamente com comida ruim, o que é outro problema enfrentado por grandes produtores à medida que anunciaram publicamente sua decisão de se mudarem para a tecnologia blockchain.

Ainda em abril, a Dole anunciou que usaria a tecnologia Blockchain da IBM para garantir que todos os seus produtos estejam completamente rastreáveis até 2025. Ao determinar os motivos de agir assim, a gigante da alimentação disse que a tecnologia significaria que inspeções de segurança nos alimentos que levariam semanas seriam completadas em “alguns segundos”. Isso também evitaria que toneladas de comida nutritiva fossem desperdiçadas sem razão, uma atividade que acaba custando milhões de dólares.

Há mais empresas navegando por esse mar

Entre outros grandes players nesse espaço está a VeChain, que começou a atender consumidores abastados nas principais cidades chinesas, adicionando códigos QR à carnes suínas pré-embaladas. O escaneamento de tais códigos levam os clientes a uma página onde detalhes específicos são fornecidos sobre a origem da carne, data de embalagem e o caminho percorrido por toda a cadeia.

Fonte: Modern Consensus

Conteúdo Patrocinado

Foto de Heslei de Oliveira
Foto de Heslei de Oliveira O autor:

Entuasiasta da tecnologia blockchain desde 2017, faz de tudo um pouco quando se trata de criptomoedas - desde redação de artigos até fechamentos de acordos comerciais e de marketing. Um lema? Voa Bitcoin!