Todos os avanços oriundos dos ecossistemas descentralizados e distribuídos podem ser aproveitados para salvar vidas.

Blockchain pela vida

Não é ousado admitir que a tecnologia blockchain mudou para sempre a forma como conteúdos digitais são trabalhados na internet. Eles podem ser facilmente adaptados para a indústria da saúde, otimizando seus processos internos.

Confira algumas das formas como a blockchain pode revolucionar os cuidados com o corpo e a mente:

Proteção de dados

Segurança é um dos pilares da tecnologia: o armazenamento de dados em criptografia de ponta garante às unidades de saúde maior confiabilidade na retenção e no uso de informações, como laudos médicos, controle de suprimentos hospitalares etc.

Interoperabilidade

Pacientes que desejam ser atendidos em outras unidades hospitalares não precisarão mais fornecer cópias de seus laudos médicos: informações completas poderão ser rapidamente acessadas via blockchain.

• Veja também: Carrefour utiliza blockchain para ter transparência na cadeia de suprimentos
  

Para acessar as informações, os profissionais de saúde precisarão realizar login com permissões específicas: ou seja, apenas indivíduos gabaritados para lidar com os casos poderão conferir os arquivos.

Transparência

A blockchain permite que todos os processos relacionados ao desenvolvimento, registro e transporte de insumos médicos sejam realizados com total transparência. Isso ajuda a reduzir custos e prevenir possíveis fraudes ao longo do processo.

Tendo em vista que as informações não podem ser modificadas, executar processos corruptos fica muito mais complicado, pois podem ser facilmente auditáveis.

Legitimidade

Medicamentos e outros insumos de saúde podem ser registrados em blockchain: por meio do registro, é possível averiguar se cada produto é, de fato, legítimo. Isso pode ser fundamental para evitar falsificações, extremamente perigosas à saúde.

O problema está crescendo, segundo a Anvisa: a autoridade detectou, em 2020, oito casos de falsificação de remédios de alto custo.

Conclusão

Por meio da tecnologia mais revolucionária do momento, instituições de saúde poderão analisar informações de maneira mais rápida e simplificada, validar a integridade dos dados com total transparência e identificar conteúdos falsos com maior propriedade.

Tais características são básicas nas tecnologias descentralizadas e distribuídas, mas infelizmente negligenciadas por grande parte do mainstream. Por sorte, a tendência está mudando.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.