Adoção em massa de Bitcoin e criptomoedas
O relatório da “State of Crypto 2019” da Blockchain Capital, dedicou um capítulo sobre a adoção em massa de Bitcoin e outras criptomoedas.
No que diz respeito à adoção por usuários comuns, em varejo, o relatório revela que o Bitcoin continua se propagando entre a geração milênio (de 1980 até 2003). Os desenvolvedores de criptomoedas em tempo integral também cresceram em 2019.
No que diz respeito aos grandes investidores institucionais e empresas de tecnologia, o foco principal está nos grandes projetos de criptomoedas que foram revelados no ano passado, com o desenvolvimento de infraestruturas cada vez mais sofisticadas no ecossistema de criptomoeda.
Finalmente, com relação aos Estados e instituições que despertaram com o lançamento do projeto do Facebook, a Libra, que levou os governos a se interessarem cada vez mais por moedas digitais, na medida em que o Banco Central Chinês, PBoC, por exemplo, revelou sua intenção de emitir sua própria moeda.
Por enquanto não há uma adoção em massa nem para Bitcoin, nem para outras criptomoedas, mas no último ano algum progresso foi feito nessa direção, embora ainda seja relativamente pequeno.
Um gráfico mostrando o status da jornada das criptomoedas nas margens para o mainstream revela que, para os usuários comuns, esse “caminho” começou já em 2011 e atualmente é um terço do caminho, enquanto para investidores institucionais começou apenas entre o final de 2018 e início de 2019, e ainda está abaixo de 15% da meta final.
Por outro lado, para os Estados, só começou no final de 2019 e ainda seria de 10% do caminho.
Conseguir uma cobertura completa do mainstream só seria concebível de 2030, daqui a dez anos.
Atualmente, por exemplo, o Bitcoin é de particular interesse, especialmente entre a geração milênio e a geração Z, ou seja, jovens entre 18 e 34 anos, cerca de metade deles acreditam que a maioria das pessoas usará o Bitcoin e outras criptomoedas no mudo nos próximos 10 anos.
Em particular, de acordo com uma pesquisa realizada nos Estados Unidos com 2.029 jovens de 18 anos ou mais, pela The Harris Poll, constatou que 30% dos membros da geração Z, já prefeririam investir em Bitcoin do que em títulos do governo, com mais de 25% da geração milênio que fazem a mesma coisa.
Mas à medida que a idade aumenta, esse porcentual cai para 15% para pessoas de 50 anos, pouco mais de 10% para pessoas de 60 anos e 5% para pessoas de mais de 65 anos.
Portanto, o caminho para a adoção em massa não é apenas segmentado de acordo com os sujeitos envolvidos, mas também muito de acordo com a faixa etária.
No entanto, o fato de, as pessoas que atualmente são jovens passarem para a próxima faixa etária em cerca de dez anos, substituídas por novas presumivelmente ainda mais interessadas em criptomoedas, faz com que o processo pareça inevitável de certa forma, apesar de lento.
No que diz respeito às medidas concretas que ainda precisam ser tomadas para incentivar a adoção em massa, emergiu que o uso das várias ferramentas devem ser simplificados.
Por exemplo, novas carteiras que oferecem uma experiência mais intuitiva ao usuário com etapas menos complicadas ou pouco claras, com processadores de pagamento de criptomoedas que permitem o uso fácil de moedas fiduciárias e com startups que cuidam da integração de modelos já familiares aos usuários, como os usados pelos sites de comércio eletrônico mais populares.
No entanto, muitas medidas já foram tomadas, como mostra o fato de que a maioria das instituições financeiras agora possui uma estratégia orientada para blockchain, enquanto o Bitcoin e outras criptomoedas são cada vez mais vistas como ativos sem risco de reputação.
Além disso, os canais tradicionais de distribuição financeira têm o potencial de permitir o acesso ao mundo das criptomoedas para milhões de novos usuários, com um enorme espaço para crescimento entre usuários de varejo e institucionais, embora ainda seja necessário muito treinamento e conscientização.
Em conclusão, é possível afirmar que o processo de adoração em massa de Bitcoin e criptomoedas parece já ter começado, embora ainda em sua infância, com algumas categorias de usuários (varejo) e algumas faixas etárias (geração Z e milênio) à frente. No entanto, os outros usuários também parecem já ter entrado nesse caminho, mas ainda estão apenas no início.
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Fonte: Cryptonomist
Graduada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo e Pós-Graduada em Comunicação em Redes Sociais.