Adolescente que roubava criptomoedas através de celulares foi preso

Outro hacker foi preso na Califórnia, acusado de roubar criptomoedas utilizando números telefônicos.

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Xzavyer Narvaez, de 19 anos, enfrenta sete acusações de invasão de computadores, fraude de identidade e furto, conforme relatado pelo Motherboard.

Segundo o relatório, Narvaez gastou alguns dos Bitcoins roubados em carros de luxo. A polícia encontrou uma McLaren 2018 comprada por Narvaez, que utilizou Bitcoin e um Audi R8 2012 para efetuar a compra, segundo revelam seus dados DMV – DETRAN dos EUA. Os investigadores também obtiveram seus registros do provedor de pagamentos em Bitcoin, BitPay, e da exchange Bittrex, onde eles descobriram o fluxo de 156 Bitcoins (cerca de US$1 milhão), de acordo com um documento da corte. Esta nova prisão ocorre logo após a de Joel Ortiz, acusado de utilizar números telefônicos para roubar Bitcoin de vítimas por meio de um método único.

Investigadores obtiveram o rastro de Narvaez quando eles descobriram que um celular utilizado por Ortiz tinha, em algum momento, logado na conta de Gmail de Narvaez. A AT&T também forneceu às autoridades os números únicos de identificação dos celulares, utilizados para tomar os números das vítimas, as coordenadas das torres às quais eles se conectaram e os registros de ligação de Narvaez. A informação revelou que o telefone de Narvaez estava conectado na mesma torre de celular em que estava seu telefone utilizado para fazer as trocas de cartão SIM com as vítimas.

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McLaren 2018 P1, modelo comprado por Narvaez

Invadir telefones, técnica também conhecida como SIM swapping, é um processo que faz com que a provedora de telecomunicações do cartão SIM da vítima transfira o número de telefone desta para um chip em posse do hacker. Uma vez que recebe o número de telefone, o hacker pode utilizá-lo para resetar as senhas da vítima e invadir suas contas, incluindo e-mails e contas em exchanges.

As táticas empregadas pelos criminosos por trás desta fraude variam. Alguns usam engenharia social nos agentes de atendimento ao cliente das companhias de telecomunicação, fazendo com que acreditem que o hacker é a vítima que ele pretende roubar. Outros utilizam funcionários infiltrados na companhia, que são pagos para facilitar o golpe.

Na semana passada, o investidor Michael Terpin protocolou um processo de US$224 milhões contra a AT&T, alegando ter perdido US$24 milhões em criptomoedas em resultado de dois hacks separados que ocorreram dentro de sete meses. Terpin está atualmente buscando da AT&T uma indenização de US$200 milhões, além da restituição de seus US$24 milhões.

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Fonte: CCN