Falta de clareza e rumo estão entre as principais críticas; gigante das redes sociais registra perdas bilionárias.

Amazon sarcástica

Durante o evento Future of Everything Festival, promovido pelo Wall Street Journal, o diretor de dispositivos da Amazon, Dave Limp, teceu provocações a respeito do metaverso em desenvolvimento pelo Meta (ex-Facebook).

Segundo Limp, a dificuldade de explicar o que é o metaverso complica a sua adoção. O executivo afirma que, se você perguntar às pessoas do que se trata, você terá “205 respostas diferentes”.

Para tornar tudo mais palpável, Limp sugere a criação de soluções que melhorem o mundo real:

“Quero tentar trabalhar em tecnologias que levantem a cabeça das pessoas. Que façam com que eles aproveitem o mundo real sobre eles, que façam da família uma experiência mais comunitária.”

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Meta sem meta

A Amazon não está errada: desde a mudança do nome da marca e da reestruturação de seus projetos futuros para o metaverso, a Meta registra grandes perdas financeiras e pedidos de demissão em massa.

Além disso, outras empresas fizeram comentários negativos a respeito do metaverso de Zuckerberg: Snap, empresa por trás do Snapchat, acredita que metaverso em realidade virtual (RV), um dos objetivos da Meta, criam isolamento humano demais. Em vez disso, o ideal seria utilizar óculos de realidade aumentada.

Segundo informações do Poder360, as péssimas escolhas da empresa custaram US$ 237 bilhões aos seus cofres em fevereiro.

Em linhas gerais, as empresas centralizadas não estão conseguindo abraçar o conceito do metaverso: mundos vastos, construído de maneira colaborativa e montados sob o alicerce das tecnologias descentralizadas, distribuídas e interoperáveis.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.