American Express lança primeiro sistema de pagamentos em Blockchain

Em 1927, o piloto Charles Lindbergh poderia ter transportado dinheiro através de oceanos mais rápido do que a maioria dos pagamentos que acontecem hoje sobre o mesmo corpo de água.

Considerando que Lindbergh concluiu seu histórico voo solo de Nova York a Paris em 33 horas e 30 minutos, uma transação bancária comum hoje leva um ou dois dias usando o Swift (forma de transferência bancária internacional), além disso, uma típica transação ACH (outra forma de transação bancária) pode demorar duas vezes mais.

Por um longo tempo, o American Express estava produzindo um sistema de pagamentos que poderá enviar dinheiro da Inglaterra para os EUA em poucos segundos usando a tecnologia Ripple.

Como uma parceria com o banco espanhol Santander, o novo sistema de pagamentos está sendo apresentado pelo chefe global de contas estratégicas da Ripple, Marcus Treacher, como uma maneira obviamente mais rápida, mas também mais segura de enviar pagamentos através do Atlântico.

Treacher, um antigo membro do conselho do Swift, disse:

“Antigamente, a Amex tinha que enviar mensagens Swift para bancos solicitando o pagamento, agora, a Amex está ligada diretamente aos bancos usando a Ripple e sua criptografia para que o pagamento aconteça imediatamente.”

Administrado pelo grupo de pagamentos internacionais cambiais (FXIP) do American Express, o sistema conecta clientes Amex nos EUA usando dólares para contas do banco Santander no Reino Unido usando libras esterlinas – tudo através do sistema de blockchain da Ripple, RippleNet.

Segundo Treacher, a integração direciona pagamentos sem cartões através da rede compartilhada de pagamentos para efetuar o pagamento de forma quase instantânea, e internacionalmente fiscalizável.

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Conexões diretas

O projeto marca o mais recente desenvolvimento para a empresa, um ano em que a Amex se uniu ao grupo de blockchain, Hyperledger, e fez parceria com o provedor do aplicativo de bitcoins, Abra.

Com relação à Ripple, a empresa na qual saiu recentemente da conferência Swell, seu novo trabalho é mais um passo em direção à possibilidade de permitir que sua plataforma blockchain que foi testada ao longo do primeiro semestre de 2016 seja independente.

Por exemplo, a Ripple recentemente conectou a Europa e os EUA através de seu trabalho com o banco sueco SEB, que no ano passado revelou suas intenções de conectar Estocolmo com Nova Iorque usando o sistema.

Treacher disse que a plataforma do SEB já realizou transações equivalentes a US$ 630 milhões de dólares desde que foi colocado em produção no segundo trimestre deste ano.

De acordo com Treacher, apesar do projeto estar avançando e ser capaz de transacionar em nove segundos ou menos, ele está por enquanto (assim como o projeto do American Express) restrito ao que ele chama de um blockchain “puro” que não requeira uma criptomoeda.

O que ambos os projetos têm em comum é “uma conexão direta”, disse ele. “Não há nenhuma criptomoeda intermediária…”

Cripto a bordo

Além disso, no entanto, Treacher espera que outros bancos sigam cada vez mais os passos de empresas de serviços financeiros como a Cuallix, que no mês passado, tornou-se a primeira parceira da Ripple a converter transferências de fundos internacionais no token nativo do blockchain, XRP.

Ao invés de reter dezenas do que Treacher chama de “moedas exóticas” em contas nostro ao redor do mundo, Cuallix deu o primeiro passo em direção à liberação desses fundos que caso contrário estariam presos para novos usos por reter o próprio XRP.

Com o principal concorrente da Ripple, Swift, desenvolvendo seu próprio blockchain usando Hyperledger, e um número crescente de startups com suas próprias variações sobre a forma de pagamentos internacionais, é esse uso de criptomoedas nativa da Ripple que Treacher pensa elevar a empresa acima da concorrência.

“Onde estes dois se juntam é como a união de bancos e de usuários de bancos, como o American Express, que adota a Ripple e começa a se conectar, assim, o XRP se torna uma opção que eles podem usar para fins de liquidez”, disse, e concluiu:

“E aí é onde isso realmente ganha vida.”

Fonte: Coindesk.com

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Foto de André Cardoso O autor:

André , ariano, engenheiro, empreendedor, trader de criptos profissional, palestrante e professor. Adora números, gráficos e aprender coisas novas.