Após reunião, G20 determina que criptomoedas não são uma ameaça
G20 discute sobre criptomoedas durante reunião no Japão
Neste fim de semana ocorreu em Fukuoka (Japão) uma reunião entre os Ministros das Finanças do G20 e Governadores de Bancos Centrais para avaliar e determinar decisões quanto a aspectos do setor financeiro. Durante a reunião, foi discutido o regulamento internacional contra lavagem de dinheiro e financiamento do terrorismo para criptomoedas.
De acordo com um resumo da reunião, foi apontado que os ativos não representam uma ameaça, afirmando que “inovações tecnológicas, incluindo aquelas subjacentes aos ativos de cripto, podem trazer benefícios significativos para o sistema financeiro e para a economia em geral”.
Entretanto, foi destacado que o grupo está atento aos riscos, “incluindo aqueles relacionados à proteção do consumidor, à lavagem de dinheiro (AML) e ao combate ao financiamento do terrorismo”.
A reunião deixou claro que até o final de junho serão aplicados os padrões do GAFI/FATF (Grupo de Ação Financeira Internacional contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo), que recentemente foram revisados, aumentando as exigências em situações de alto risco.
“Damos boas vindas ao trabalho da IOSCO (Organização Internacional de Valores Mobiliários) em plataformas de trading de criptoativos em relação à proteção e integridade de mercado do consumidor e do investidor. Damos as boas vindas à diretoria regulatória de criptoativos do FSB (Conselho de Estabilidade Financeira) e seu relatório sobre o trabalho em andamento, abordagens regulatórias e possíveis lacunas relacionadas aos criptoativos.”
Aparentemente, foi solicitado que o FSB e alguns órgãos monitorem os riscos e “considerem o trabalho em respostas multilaterais adicionais, conforme necessário.”
“Também damos as boas vindas ao relatório do FSB sobre tecnologias financeiras descentralizadas e as possíveis implicações para a estabilidade financeira, regulação e governança, e como os reguladores podem melhorar o diálogo com um grupo mais amplo de partes interessadas. Também continuamos a intensificar os esforços para melhorar a resiliência cibernética e saudamos o progresso da iniciativa do FSB de identificar práticas eficazes de resposta e recuperação de incidentes cibernéticos.”, concluiu o tópico.
De acordo com a mídia, durante a reunião o Japão se ofereceu para compartilhar sua experiência com diretrizes relacionadas a criptomoedas. Recentemente o país aprovou novas emendas na legislação que irão “apertar” a regulamentação, visando promover a proteção do usuário, regulamentações mais robustas em relação ao trading de derivativos de cripto, mitigar os riscos da indústria, como hacks em exchanges, e estabelecer de forma ampla uma estrutura regulatória mais transparente para a nova classe de ativos.
Recentemente o WeBitcoin noticiou que a Índia e a Rússia, ambos países que compõe o G20, adotaram duras posições em relação às criptomoedas.
Na Índia foi publicado um anteprojeto de lei que visa tornar ilegal qualquer envolvimento com criptomoedas. Caso aprovada, a nova lei irá criminalizar a mineração, emissão, compra, venda ou negociação de criptomoedas, tanto direta quanto indiretamente.
No caso da Rússia, o governo recentemente proibiu a “a mineração, produção organizada, circulação” e a “criação de pontos de exchanges para tais ferramentas”.
Simpatizante das criptomoedas, após cursar Arquitetura e Urbanismo, reavivou um antigo gosto pela escrita e atualmente trabalha como redatora do WeBitcoin.