Atividade em alta desperta traders para o Dogecoin

A recente explosão de atividade on-chain do Dogecoin chamou a atenção de traders e analistas. Embora o mercado cripto viva um ciclo de incertezas, o movimento do ativo reacende discussões sobre possível recuperação de curto prazo. A movimentação intensa ocorre logo após novas leituras de endereços ativos, que sugerem um aumento relevante no uso da rede.

Os dados apontam que o Dogecoin voltou a ganhar tração, registrando um avanço de aproximadamente 4% e sendo negociado próximo de US$0,14 durante a quinta-feira. Além disso, o ativo manteve sua capitalização de mercado ao redor de US$21 bilhões, com volume diário acima de US$1,6 bilhão. Esses indicadores mostram que a moeda segue despertando interesse, mesmo após meses de volatilidade e quedas prolongadas.

O salto nos endereços ativos gera novas interpretações

Um novo relatório mostrou que mais de 67.500 endereços ativos movimentaram Dogecoin no dia 3 de dezembro. Esse número representa a segunda maior leitura dos últimos três meses. A última vez que o indicador havia mostrado tanta força ocorreu em 15 de setembro, quando o preço do ativo chegou perto de US$0,30. Dessa forma, alguns analistas consideram relevante o fato de o aumento atual ocorrer logo quando o preço volta a testar uma zona de suporte conhecida.

O suporte mais observado pelos traders se mantém firme entre US$0,138 e US$0,14. O Dogecoin já tocou essa região várias vezes e, em todas elas, encontrou força compradora suficiente para impedir que o preço caísse mais. Outro ponto notado no mercado foi o salto no volume negociado, que dobrou durante o movimento mais recente, sugerindo que a procura do ativo cresceu em um ritmo acima do esperado.

Apesar disso, alguns dados divergentes chamaram atenção na comunidade. Enquanto um relatório indicou queda semanal de 5%, outro apontou retração de 7,5% no mesmo período. Essa diferença mostra que nem todas as plataformas de monitoramento possuem a mesma metodologia, o que obriga traders a interpretarem os números com cautela.

Técnicos observam níveis decisivos para o preço

Com a atividade em alta, o foco agora está em zonas de resistência. Muitos analistas apontam US$0,16 como o próximo alvo a ser superado. Isso porque, acima desse patamar, o gráfico começaria a mostrar um desvio claro do padrão de baixa observado nas últimas semanas. Além disso, a média móvel exponencial de 200 dias surge como referência importante no médio prazo. Um rompimento acima dela reforçaria ainda mais as expectativas de recuperação.

No entanto, nem todos demonstram otimismo. Especialistas lembram que, apesar de a média de 200 dias ser amplamente usada como sinal de força, ela também pode devolver armadilhas para compradores, gerando movimentos de correção logo após o rompimento. Por isso, vários traders preferem manter cautela, aguardando confirmações mais sólidas antes de projetar avanços maiores.

Sinais mistos deixam o cenário competitivo

Mesmo com a elevação no número de endereços ativos, não há consenso. Esse tipo de métrica pode indicar tanto maior interesse quanto atividades rotineiras, reestruturações internas de carteiras e até movimentações de bots. Assim, os sinais precisam ser analisados junto com volume, tendência e comportamento de preço.

Outro aspecto importante é que, diante do aumento de atividade, tanto compradores quanto vendedores se mostram mais presentes do que há algumas semanas. Isso cria um ambiente competitivo, explicado por alguns analistas como uma verdadeira disputa entre forças opostas. Dessa forma, os próximos dias podem ser decisivos para quem foca em operações de curto prazo.

Além disso, o clima macroeconômico também interfere na movimentação do Dogecoin. A reunião mais recente do Federal Reserve adicionou elementos extras ao cenário, com investidores atentos a possíveis sinais de corte de juros. Caso esse cenário se concretize, há grande chance de ativos de risco se beneficiarem, incluindo criptomoedas.

A combinação de suporte forte, aumento de volume e salto de atividade coloca o Dogecoin novamente no radar do mercado. Embora ainda existam dúvidas sobre a consistência desse movimento, traders concordam que o ativo entrou em uma zona crítica que pode definir seu comportamento no restante do mês.