A empresa começou a quebrar quando foi proibida de angariar novos clientes; executivos alegavam que o robô jamais teria dado qualquer prejuízo.

Scam

O “robô trader” da Atlas Quantum, sua principal ferramenta de marketing, está sendo investigado por especialistas da Polícia Federal, de acordo com informações do Livecoins.

Rodrigo Marques, ex-CEO da suposta empresa de arbitragem de criptomoedas, trabalhou pesadamente em iniciativas publicitárias para angariar novos clientes. Porém, em meados de 2019, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) congelou a entrada de novos usuários; com isso, a empresa começou a perder capital rapidamente, deixando de realizar pagamentos regularmente.

Tendo em vista que o suposto robô jamais registrou perdas, não faz sentido que a empresa enfrente problemas com pagamentos; o saldo presente na plataforma deveria ser o suficiente para honrar seus compromissos.

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Sobre a Atlas Quantum

A suposta empresa prometia lucros sólidos, porém variáveis, por meio de um sistema automatizado de operações de arbitragem. Trata-se de uma técnica que busca comprar ativos pelo menor preço em uma corretora e vendê-los por um valor maior em outra.

O sucesso foi tamanho que a empresa fez propaganda na Globo, com grandes nomes da indústria do entretenimento: a humorista Tatá Werneck e o ator Cauã Reymond. Tal iniciativa publicitária foi vista com deboche pelos usuários, pois toda a narrativa apresentada ficou muito confusa.

Porém, os lucros registrados pela empresa – algo em torno de 5% ao mês – começaram a chamar a atenção da CVM. Apesar de não ser uma rentabilidade irreal em criptomoedas, o governo começou a suspeitar e acionou medidas contra a Atlas Quantum.

Pouco depois de a CVM ter solicitado a parada de pedidos, milhares de usuários abriram processos judiciais contra a empresa para tentar reaver os valores perdidos.