Audiência de conciliação da 18K Ronaldinho será dia 22 de maio
Ex-craque da seleção brasileira, Ronaldinho Gaúcho, continua preso no Paraguai. Processo contra empresa pede indenização de R$ 300 milhões em danos morais e materiais.
A situação do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho não está nada fácil. Depois de ser preso, com seu irmão Roberto Assis, por portar documentos ilegais no Paraguai e ter o pedido de pressão domiciliar negado, ele terá que comparecer no próximo dia 22 de maio, na 9ª Vara Cível de Goiânia para audiência de conciliação sobre processo que envolve criptomoedas.
A ação foi promovida pelo Instituto Brasileiro de Defesa das Relações de Consumo (Ibedec), que representa mais de 150 clientes associados à 18kRonaldinho. Pede indenização R$ 300 milhões em danos morais e materiais.
Apesar de se tratar de assunto diferente da prisão no Paraguai, o processo de número 5054063.07.2020.8.09.0051 tramitou com celeridade. O objetivo da audiência é promover um acordo amigável entre as partes.
Investimento
A empresa prometia rendimentos de até 2% ao dia a quem investisse seu dinheiro. Mas acabou retendo a verba depois que vieram a público denúncias de que a atividade se tratava de uma pirâmide financeira. Esta é uma prática considerada crime contra a economia popular.
De acordo com o Ibedec, as vítimas moram em vários estados brasileiros e em países como Estados Unidos, Portugal e Itália. O valor estipulado na ação foi calculado com base nos supostos prejuízos das vítimas.
Na ação, o Ibedec alega que:
A 18K Ronaldinho não passa de uma simples efetiva pirâmide financeira e que apresenta uma proposta fraudulenta, onde há uma promessa de retorno extraordinário com 400% de juros em cima do valor investido no prazo de 01 (um) ano e promessa de ganhos com a indicação de novos afiliados.”
Ainda, segundo o processo: “não era oferecido contrato aos novos investidores e que apesar de a empresa possuir CNPJ, a plataforma não possui nenhum endereço da sede ou quaisquer outras coisas similares, apenas um telefone de suporte.”
E conclui:
Assevera o requerente, que pulsa certa dose de amadorismo na página que não condiz com a atuação de ‘multinacional’ do ramo de ‘tecnologia financeira.
Participação
Ouvidos pela promotoria paulista, Ronaldinho e seu irmão Assis disseram que faziam apenas propaganda para a empresa. A 18kRonadlinho, no entanto, costumava apresentar o ex-jogador do Barcelona e da seleção brasileira como fundador do negócio.
Desde a saída do ex-jogador da 18k, os líderes da empresa já anunciaram várias medidas para devolver o dinheiro dos clientes, mas até agora nenhuma delas foi concretizada.
Além de Ronaldinho e seu irmão Roberto Assis, aparecem como réus da ação os diretores e colaboradores Marcelo Lara Marcelino, Bruno Rodrigues Alcântara, Raphael Horácio Nunes de Oliveira e Athos Trajano da Silva, que costumavam arregimentar clientes em reuniões pelo Brasil.
Jornalista com especialização em História do Brasil pela UFF, trabalhou em diversos veículos de comunicação como O Globo, Jornal do Commercio, revista PC Mundo e Rádio Tupi.