Austrália testa blockchain no pagamento de seguro a pessoas com deficiência
Austrália e seu constante flerte com o blockchain
A agência de ciência federal da Austrália está trabalhando com um dos quatro maiores bancos comerciais do país, a fim de testar uma aplicação em blockchain focada em facilitar que os cidadãos incapazes recebam os pagamentos de seus seguros.
O Commonwealth Bank of Australia (CommBank) e a Commonwealth Scientific and Industrial Research Organization (CSIRO) disseram em um anúncio na terça-feira que os dois estão testando proof-of-concept como parte de um projeto blockchain, intitulado “Tornando o dinheiro inteligente.”
O objetivo é introduzir um token, construído sobre um blockchain e codificado com smart contracts, ao Esquema Nacional de Seguros para Incapazes (NDIS), de forma que os participantes e fornecedores de serviço possam realizar pagamentos em condições pré-definidas, como quem pode gastar certa quantidade de fundos dentro de um período de tempo.
A CSIRO explicou que a razão para escolher participantes e provedores de serviços da NDIS para os testes se deu por conta dos participantes do esquema precisarem muito de condições de pagamento personalizadas.
“No NDIS, participantes possuem planos individualizados que podem conter múltiplas categorias orçamentárias – cada uma com regras diferentes. O aplicativo protótipo dá suporte para que os participantes gerenciem seus planos, ao permitir que eles encontrem, agendem e paguem pelos serviços dos provedores de serviço do NDIS, sem a necessidade de passar por uma papelada ou obter recibos,” explicou o anúncio.
Sophie Gilder, chefe do laboratório de inovação em blockchain do CommBank, acrescentou que a rede distribuída pode compartilhar informações dos participantes do NDIS para partes diferentes, além de automatizar transações, algo que dá ao governo uma visibilidade maior dos fluxos de dinheiro e ajuda a reduzir os custos dos prestadores de serviço.
Os parceiros publicarão um relatório para o projeto em novembro, detalhando designs, benefícios e limitações do teste, sugerindo outras aplicações futuras.
O esforço conjunto é a mais recente incursão no ramo de blockchain conduzida pelos dois grupos. A CSIRO anunciou que completou um teste global de sua própria rede blockchain, alegando ser capaz de processar 30 mil transações internacionais por segundo.
As notícias seguem um recente relato de que o CommBank trabalhou com o World Bank Group para angariar US$81 milhões por meio de um título público, emitido por meio de uma rede blockchain desenvolvida pelo banco.
Fonte: CoinDesk