Baleia do Bitcoin movimenta 2.000 BTCs inativos há 14 anos
O valor total recompensado por minerar esses Bitcoins na época era de US$ 600, o que hoje, pouco mais de uma década depois, equivale a US$ 140 milhões.
Um indivíduo ou entidade desconhecida consolidou recentemente 2.000 BTC minerados em 2010 em uma única carteira. Essa consolidação, notada pelo desenvolvedor mononautical na plataforma X, ocorreu no dia 26 de março e envolveu a transferência de 40 conjuntos de recompensas de mineração, cada um contendo 50 BTC, para uma única carteira.
O investimento de 14 anos do minerador de BTC compensou
Refletindo sobre a situação, mononautical comentou: “Imagine segurar por 14 anos enquanto o valor dispara de algumas centenas de dólares para US$ 140 milhões”. Vale destacar que, na época da mineração, as recompensas totalizavam US$ 600.
Em resposta à revelação, outro usuário da plataforma X, @Psifour, levantou preocupações sobre a possibilidade de comprometimento na geração de chaves, sugerindo uma pool conhecida ou uma origem aleatória para as recompensas.
No entanto, mononautical esclareceu que o minerador permanece não identificado, sugerindo que a transferência pode ter sido uma jogada estratégica ao invés de uma falha de segurança. “É possível que as chaves tenham sido comprometidas, mas parece que isso foi direto para uma corretora OTC”, acrescentou mononautical, citando um caso anterior de movimentações similares de carteiras antigas de mineração.
Esta notícia segue outro movimento significativo do Bitcoin no fim de semana. O quinto endereço mais rico em BTC, que permanecia inativo desde 2019, voltou a funcionar repentinamente. De acordo com a empresa de análise de blockchain Arkham, em 2019, este endereço foi abastecido com 94.500 BTC, equivalendo a US$ 6,05 bilhões na época. Os Bitcoins permaneceram intocados até recentemente, quando foram divididos e transferidos para novos endereços.
Bitcoin enfrenta crise de liquidez para vendas
Analisando a situação, Ki Young Ju, fundador e CEO da CryptoQuant, destacou que a consolidação indica uma “crise de liquidez para vendas despertando Bitcoins antigos”. Ju também sugeriu que o padrão da transação indica vendas de balcão (OTC) dos fundos.
Enquanto isso, o “Relatório Semanal de Cripto” mais recente da CryptoQuant delineou uma “crise de liquidez para vendas” iminente. O relatório atribui a crise a um aumento na demanda por BTC, impulsionada principalmente pela introdução de ETFs (Exchange Traded Funds) de Bitcoin à vista nos EUA. Essa demanda elevada reduziu drasticamente a oferta disponível para venda.
De acordo com o relatório, o inventário líquido de Bitcoin atingiu seu nível mais baixo em termos de meses de demanda, com o suprimento atual sendo suficiente para cobrir o crescimento da demanda por apenas doze meses.
Também foi destacado que, considerando o Bitcoin disponível estritamente em exchanges americanas, a oferta só seria capaz de atender a demanda pela metade do tempo, caindo para seis meses de demanda se o BTC de exchanges fora dos EUA for excluído. Essa exclusão é baseada na premissa de que os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA irão obter Bitcoin apenas de entidades americanas.
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