O adiamento foi anunciado por um economista da instituição; a primeira bateria de testes seria realizada no final deste ano.

Braços cruzados

O Banco Central, segundo informações do Valor, decidiu manter a greve da instituição. De acordo com assembleia, 85% dos votos foram favoráveis à continuidade. Com isso, os testes do Real Digital, moeda eletrônica estatal em desenvolvimento, foram adiados até o ano que vem.

Fábio Araújo, economista da autarquia, foi o responsável pelo anúncio do adiamento. Além disso, ele é o principal nome por trás do projeto do ativo digital no BC. A declaração foi feita durante debate virtual promovido pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Segundo Araújo, os primeiros pilotos estavam previstos para o final de 2022; contudo, devido à greve, os planos tiveram de ser mudados.

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Sobre o Real Digital

O objetivo do governo é lançar um ativo digital capaz de executar contratos inteligentes, além de estar diretamente vinculado às finanças descentralizadas (DeFi) através de uma plataforma prioritária do Banco Central.

Graças à popularização das economias descentralizadas e distribuídas, o governo brasileiro pretende criar algo que seja diretamente compatível com as principais tecnologias blockchain.

Sobre a greve

A greve começou no dia 1º de abril e não tem previsão de fim. Os grevistas não concordam com a proposta de reajuste inferior à solicitada pela categoria.

O governo propôs um reajuste linear de 5% para todos; os grevistas, por outro lado, exigem um reajuste de 27%.

Alguns acreditam que, se a greve continuar, serviços como Pix e Open Banking podem ser diretamente afetados. Porém, tais informações não foram ainda confirmadas ou desmentidas pelo Banco Central.

O autor: Rafael Motta

Jornalista, trader e entusiasta de tecnologia desde a infância. Foi editor-chefe da revista internacional 21CRYPTOS e fundador da Escola do Bitcoin, primeira iniciativa educacional 100% ao vivo para o mercado descentralizado. Foi palestrante na BlockCrypto Conference, em 2018.