Banco Central da China quer proibir airdrops de tokens
Banco Central da China afirma que airdrops são ICOs disfarçadas
O Banco Popular da China (PBoC), banco central do país, está planejando uma investida contra os airdrops – distribuições gratuitas de tokens.
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Em seu relatório de estabilidade financeira para 2018, publicado na sexta-feira, o PBoC afirmou que as ofertas iniciais de moedas (ICOs) “disfarçadas”, incluindo airdrops, continuam crescendo em número, apesar dos esforços para proibir as vendas de tokens.
Por exemplo, o documento afirmou que cripto empresas estão movendo seus projetos para outros países, enquanto utilizam agentes para investir em nome de indivíduos localizados na China.
Outros projetos não estão emitindo tokens publicamente para angariar fundos diretamente, dando tokens de graça em vez disso, reservando uma parte do suprimento total. Essas empresas então tentam utilizar a especulação em um mercado secundário para aumentar os valores dos tokens a fim de obterem lucros, acrescentou o banco.
Tendo em vista as estatísticas, afirmou o banco, 65 ICOs foram completadas na China até o dia 18 de julho de 2017, enquanto apenas cinco delas foram finalizadas antes de 2017. Ademais, acrescentou o documento, mais de 105 mil pessoas participaram das vendas, fornecendo um financiamento total de US$377,3 milhões, representando 20% da quantia angariada globalmente no mesmo período.
O banco central afirmou que precisa permanecer vigilante, além de coordenar uma ação com outras agências para monitorar a cripto indústria, a fim de educar e proteger investidores.
O PBoC adotou medidas para bloquear a angariação por meio de tokens desde setembro de 2017, ao banir completamente as ICOs. Em junho deste ano, um vice-governador do PBoC emitiu fortes declarações contra ICOs “disfarçadas”, e reiterou que o trade de cripto ativos é ilegal no país.
Então, em agosto, a Associação Nacional da Internet das Finanças da China (NIFA), uma organização autorregulatória fundada pelo PBoC, acrescentou a categoria “venda de tokens” em sua plataforma, de forma que o público possa relatar ICOs ilegais.
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Fonte: CoinDesk